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Política & Poder

Bolsonaro veta uso da tecnologia de mapas de calor oferecido por operadoras

O ministro Marcos Pontes chegou a gravar um vídeo anunciando a implantação do sistema nesta semana, porém foi suspenso no último sábado, após uma ligação de Bolsonaro

Redação Jornal de Brasília

13/04/2020 19h07

Com o intuito de identificar aglomerações e situações de risco de contaminação do novo coronavírus, as operadoras de telecomunicações ofereceram ao Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) um mapa de calor para mostrar a geolocalização da população. O presidente Jair Bolsonaro, entretanto, vetou o uso das informações.

O ministro Marcos Pontes chegou a gravar um vídeo anunciando a implantação do sistema nesta semana, porém foi suspenso no último sábado, após uma ligação de Bolsonaro.

De acordo com o presidente, há riscos para a privacidade do cidadão e que a presidência precisa estudar melhor o tema, apesar de um parecer da Advocacia-Geral da União (AGU) aprovar o uso da ferramenta proposta pelas teles.

Apesar da desconfiança, o sistema seria semelhante à que foi adotada pela Coreia do Sul, um dos países com menores taxas de mortalidade pela Covid-19.

Em seu Instagram, o ministro explicou a situação. “Na sexta feira, dia 27/03, tivemos a oferta de operadoras para o uso de gráficos de mapa de calor compilados de dados celulares anônimos e coletivos para avaliação de isolamento e previsão de propagação da epidemia, conforme já tem sido feito por outros países democráticos em outros continentes”, postou em seu perfil.

“Após avaliação da equipe e com base no precedente internacional, gravei vídeo sobre a ferramenta a ser implementada na semana seguinte. Um dia depois, sábado, o presidente me ligou e solicitou prudência com esta iniciativa e que a ferramenta só fosse usada após análises extras pelo governo. Assim, determinei que o vídeo e outros posts fossem retirados das redes sociais até o término das análises extras e aprovação final do governo. Atualmente, a ferramenta ainda está sob análise do governo federal quanto à aplicabilidade, garantia de privacidade e modo de operação.”

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