Da redação
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O presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta quinta-feira (17), que “se alguém grampeou telefone, primeiro é uma desonestidade”. Declaração, concedida na saída do Palácio da Alvorada, é referente a um áudio que mostra uma movimentação dele para retirar o deputado Delegado Waldir (PSL-GO) da liderança do PSL na Câmara.
Waldir, que tem feito críticas públicas a Bolsonaro, é ligado ao presidente do partido, deputado Luciano Bivar (PSL-PE), que também vem mostrando rusgas com o chefe do Executivo.
O áudio foi revelado pelas revistas Época e Crusoé. Nele, Bolsonaro aparece falando com um interlocutor sobre uma lista de assinaturas para tirar Delegado Waldir da liderança da Câmara.
“Olha só, nos estamos com 26, falta só uma assinatura pra gente tirar o líder, tá certo, e botar o outro. A gente acerta, e entrando o outro agora, em dezembro tem eleições pro futuro líder a partir do ano que vem.”
Na mensagem, Bolsonaro ainda afirma que “o humor desses caras muda de uma hora pra outra” e que nunca foi favorável à lista, mas, no momento “não tem outra alternativa”.
Ao ser questionado, o presidente comentou: “Eu não trato publicamente desse assunto. Converso individualmente. Se alguém grampeou telefone, primeiro é uma desonestidade”, disse Bolsonaro.
Na semana passada, o presidente abriu uma crise com o comando do partido ao qual é filiado ao orientar um apoiador a esquecer Bivar que, na opinião dele, está “queimado”. Bivar disse que a fala era “terminal” na relação entre Bolsonaro e o partido, ao qual o presidente é filiado.
