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Política & Poder

Após denúncias contra Flávio, Bolsonaro evita até os apoiadores

Suplente de Flávio disse que a PF teria antecipado informações sobre operação que envolve o ex-assessor Fabrício Queiroz

Redação Jornal de Brasília

18/05/2020 9h37

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) deixou o Palácio da Alvorada, na manhã desta segunda-feira (18), sem conversar com a imprensa e com seus próprios apoiadores. Essa foi a reação após o suplente de Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), Paulo Marinho (PSDB-RJ), ter denunciado que a Polícia Federal teria antecipado informações sobre a Operação Furna da Onça.

Essa operação envolve o ex-assessor do senador, Fabrício Queiroz, acusado de comandar esquema de “rachadinha” no gabinete de Flávio, quando o filho de Bolsonaro ainda era deputado federal pelo Rio de Janeiro.

Um dos apoiadores chegou a dizer a Bolsonaro que apoiava tanto ele quanto o filho. “Sabemos que o Marinho tá só aprontando”, disse. O presidente não respondeu.

Nesta segunda (18), Bolsonaro terá reuniões individuais com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e da Cidadania, Onyx Lorenzoni. Além disso, há um encontro marcado com o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, que inclui também Waldemar Barroso, presidente da Financiadora de Inovação e Pesquisa (Finep), Floriano Peixoto, presidente dos Correios, e Waldemar Ortunho, presidente da Telebras.

Acusação

Em entrevista ao ao jornal Folha de S.Paulo, o suplente de Flávio, Paulo Marinho, que também é pré-candidato à Prefeitura do Rio, disse que o filho mais velho de Bolsonaro recebeu informações vazadas da PF sobre investigações que envolvem Queiroz.

Marinho disse que o senador relatou, em uma reunião em dezembro de 2018, que teve conhecimento de forma antecipada sobre a operação. Segundo o suplente, Flávio contou que recebeu o aviso de um delegado da PF do Rio. O agente teria recomendado ao filho de Bolsonaro que tirasse Queiroz do cargo.

Resposta

No domingo (17), Flávio rebateu a acusação, classificando as afirmações como “invenção”. Para o senador, Marinho tem interesse em prejudicá-lo, já que é suplente de Flávio no Senado Federal. “O desespero de Paulo Marinho causa um pouco de pena”, alegou o filho do presidente.

PF investiga

A Polícia Federal vai ouvir Marinho no âmbito de inquérito aberto a partir de denúncias do ex-ministro Sergio Moro (Justiça) para apurar se o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tentou interferir indevidamente na PF. Ainda não há data agendada para a oitiva.

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