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Vídeo: Sem máscara, Bolsonaro conversa com apoiadores venezuelanos sobre governo do país

Em todo o momento o presidente aparece sem a utilização de máscaras, equipamento de proteção que o Governo Federal tem indicado agora, após mais de um ano de pandemia da covid-19

Marcus Eduardo Pereira

10/04/2021 13h28

O presidente Jair Bolsonaro esteve na manhã deste sábado (10) no Morro da Cruz, em São Sebastião. No local, Bolsonaro conversou com alguns populares e em seu perfil do Youtube postou o depoimento de duas venezuelanas que saíram de seu país para o Brasil. Em todo o momento o presidente aparece sem a utilização de máscaras, equipamento de proteção que o Governo Federal tem indicado agora, após mais de um ano de pandemia da covid-19.

No vídeo, as mulheres afirmam que saíram da Venezuela para procurar uma vida melhor e relataram que o país não tem mantimentos e condições ruins de vida. Bolsonaro usou do discurso para atacar os governos anteriores e voltou a vincular as medidas de isolamento social para conter o avanço da covid-19 com a ameaça de uma ditadura no Brasil.

“Todos vocês, com certeza, gostariam de estar na Venezuela, Todos tem saudades, deixaram família. O Regime de lá foi, aos poucos tirando a liberdade de vocês. Todo mundo sabe que o Lula fez propaganda para Hugo Chávez, lá na Venezuela, Dilma também fez. O Lula sempre defendeu o regime da Venezuela é muito bom, mas não está vendo o que está acontecendo aqui”, afirmou Bolsonaro.

“Nunca nosso Exército vai fazer qualquer coisa contra a liberdade privada de vocês e vocês sabem que, toda vez que precisaram das Forças Armadas, elas estiveram ao seu lado, não ao lado de possíveis governadores com vieses ditatoriais”, afirmou Bolsonaro ao atacar governadores pelas medidas de fechamentos de atividade econômica durante a crise. “Isso não existe da minha parte. Farei tudo para manter a nossa liberdade.”

Bolsonaro criticou novamente o Supremo Tribunal Federal (STF) por ter dado aval a decretos de prefeitos e governadores que proibiram cultos e missas na pandemia. O presidente da República classificou a decisão como o “absurdo do absurdo”, apesar de o País já ter registrado só em abril mais de 27 mil mortes pela doença, número que chega a ser superior a meses inteiros como setembro, outubro, novembro e dezembro do ano passado. Na transmissão, ele chamou o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), de “patife”.

Rechaçando acusações de ser um “ditador”, Bolsonaro afirmou que “tudo tem um limite”. “Eu e todo meu governo estamos ao lado do povo. Não abusem da paciência do povo brasileiro”, disse o presidente, reforçando que estava “lamentando os super poderes que o STF deu a governadores e prefeitos para fechar, inclusive, salas e igrejas de cultos religiosos”.

O ataque ao STF ocorre na semana em que o ministro Luís Roberto Barroso, um dos magistrados do tribunal, determinou a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Senado para investigar a conduta do governo federal na pandemia. Após a decisão, o presidente da República acusou Barroso de “politicalha”.

‘Estamos retomando PRONAMPE e BEm para evitar mais desemprego’

Bolsonaro declarou que o governo federal está retomando o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (PRONAMPE) e o programa de redução de jornadas e salários (BEm) para evitar a aceleração do desemprego no País.

O Palácio do Planalto enviou, na última quarta-feira, projeto de alteração de dispositivo da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que hoje trava a retomada desses programas.

Ao defender, mais uma vez, a reabertura do comércio no pior momento da pandemia, Bolsonaro alertou para a possibilidade de faltar dinheiro para pagamento de salários de servidores públicos, como possível consequência das medidas restritivas para combater a covid-19.

“Daqui a pouco, servidor público, não vai ter arrecadação para pagar você”, declarou o chefe do Executivo, em visita a uma comunidade de venezuelanos em São Sebastião (DF), transmitida nas redes sociais.

Segundo o presidente, o País vive “experiência de ditadura” com as políticas de combate à pandemia. “Governadores, tenham consciência de abrir comércio com devidas medidas de saúde”, disse. O chefe do Executivo ainda criticou o fechamento de Igrejas durante a pior fase da pandemia, conforme decidido pelo plenário do Supremo Tribunal Federal (STF).

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