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Brasília

Um governo para fazer história

Presidente da CLDF, Rafael Prudente, diz que orçamento bem mais robusto permitirá a Ibaneis investir pesado em obras, na área social e saúde

Vítor Mendonça

24/10/2022 5h19

Por Vítor Mendonça e Elisa Costa
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Após a inédita reeleição em primeiro turno para o governo do Distrito Federal, o que se destaca em relação ao novo mandato de Ibaneis Rocha (MDB) é a grande expectativa quanto ao que será feito nessa nova gestão. E uma das principais apostas vem do presidente da Câmara Legislativa, Rafael Prudente, para quem este pode ser o melhor mandato de um governador que Brasília terá.

O governador Ibaneis Rocha com o presidente da CLDF, Rafael Prudente, a vice governadora eleita, Celina Leão e o secretário, Mateus Oliveira durante solenidade no Palácio do Buriti. Foto: Agência Brasília

“Tenho uma expectativa muito grande de que esse governo vai ficar para a história do Distrito Federal como, senão o melhor, um dos melhores governos que já passou nesta cidade, e isso em várias pautas”, afirmou o também presidente do MDB-DF em entrevista ao Jornal de Brasília. “Passamos por momentos muito difíceis, mas, se foi feito muito no período da pandemia [no primeiro mandato], vai ser feito muito mais em quatro anos sem ela”, acredita Prudente.

A principal razão para que o aliado de Ibaneis aposte neste próximo mandato está no orçamento esperado para 2023, de aproximadamente R$ 54 bilhões, que significa, segundo ele, “um salto muito grande” de investimento. Em 2019, o cálculo era de R$ 39 bilhões e, portanto, caso seja aprovado, o novo mandato iniciaria com um capital de aproximadamente 38,5% maior.

Foco na saúde

“Isso vai dar condições do governo avançar em muitas pautas, como a ampliação dos investimentos em setores que em nossa cidade sempre foram muito pequenos no passado. Em especial, esperamos que na área da Saúde haja uma melhora significativa. Eu acredito nisso”, reforçou. No primeiro discurso após a eleição em primeiro turno, Ibaneis já adiantou que este será o setor de maior foco dentro da gestão 2023-2026.

Durante o governo entre 2019 e 2022, Prudente argumentou que, apesar das melhorias em infraestruturas, novas unidades de saúde e ampliação do quadro de profissionais de saúde, não foi possível avançar em uma melhora significativa na ponta, diretamente para a população mais pobre, muito em razão da pandemia e das trocas de secretários durante o mandato.

O Presidente da CLDF, Rafael Prudente abraça populares durante campanha para Câmara Federal. Foto: reprodução Instagram

“Não ter continuidade no trabalho da Secretaria [de Saúde] é muito ruim e atrapalha muito o serviço. Então, agora temos uma servidora à frente da SES, que é a doutora Lucilene Florêncio, que tem um conhecimento vasto. Eu tenho certeza que, com um orçamento decente, com uma equipe boa que ela está terminando de montar, nós vamos melhorar muito”, aposta Prudente. “Tenho certeza que é a preocupação número um do governador.”

Como um dos próximos representantes do DF no Congresso Nacional, Prudente recebeu 121.307 votos no primeiro turno. O emedebista se comprometeu a ajudar no que puder dentro do novo contexto político, buscando recursos, investimentos e fazendo fiscalizações. “A gente espera que a grande virada seja no próximo governo. Que os investimentos vão continuar acontecendo, os programas sociais vão continuar acontecendo e sendo ampliados”, afirmou.

Outra aposta de Prudente para o novo mandato de Ibaneis é o investimento em qualificação e geração de empregos no DF, ampliando o desenvolvimento da cidade.

Reajuste para servidores e outras pautas

De acordo com Rafael Prudente, apesar do pouco mais de dois meses para finalização do mandato, ainda há muito trabalho a ser feito neste ano dentro da CLDF. Um dos principais é a aprovação do reajuste salarial dos servidores públicos do GDF, que terão incremento de aproximadamente 18% na renda. Está em decisão a maneira na qual o reajuste será distribuído.

O Presidente da CLDF, Rafael Prudente com populares durante campanha para Câmara Federal. Foto: reprodução Instagram

“O reajuste está garantido. O que está sendo definido é se esses 18% vão ser pagos em uma parcela por ano, se nos quatro anos seguintes, se será em uma parcela única, ou se vai ser dividido em quatro parcelas, sendo duas em 2023 e duas em 2024. Nisso a gente ainda não tem sinalização do governo, mas ela deve acontecer nas próximas semanas. Mas que estarão assegurados os 18%, estarão”, garantiu Prudente.

A nova conjuntura econômica governamental para 2023 é que certifica que o reajuste acontecerá, segundo deputado distrital. Ele afirma que os demais investimentos em outros setores, especialmente o social, também terão aproveitamento na expectativa do orçamento. Além disso, o Renova DF e o Qualifica DF são outros programas que devem manter os recursos ou receber incrementos.

“Estamos trabalhando para que o orçamento do ano que vem seja robusto e garanta o reequilíbrio no pagamento dos servidores públicos, e que garanta a continuidade e ampliação dos programas sociais que foram lançados, como o prato cheio e o vale-gás”, disse. Para o ano que vem, a novidade de um cartão “cesta trabalhador” também está na pauta do governo.

O debate sobre o orçamento de 2023 já começou na CLDF, com o recebimento da proposta no dia 15 de setembro. A votação deve acontecer no dia 15 de dezembro. “Até lá, vai ter muita discussão e muita alteração dessa proposta orçamentária do GDF”, destacou Prudente.

Ainda neste ano, o emedebista ressaltou que serão implementadas algumas pendências. “Tem algumas obras que o governo continua lançando, alguns investimentos sendo feitos, algumas atualizações legislativas a serem realizadas. Por exemplo, na próxima semana nós temos um crédito para garantir o andamento das obras que estão acontecendo em todos os lugares do DF, tanto um crédito para o DER quanto para a Novacap”, disse.

Além disso, há a decisão de se criar duas novas Regiões Administrativas no DF. São elas as de Arapoanga, ao lado de Planaltina, e de Água Quente, próximo ao Recanto das Emas. Prudente defende que são regiões muito grandes e com problemas distintos das cidades originárias e que, portanto, necessitam de uma administração e atenção exclusiva também.

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