Menu
Notícias

STJ concede liberdade a Fabrício Queiroz e esposa, mas seguem em prisão domiciliar pelo STF

Queiroz e Márcia tiveram as ordens de prisão preventiva decretadas nas investigações da Operação Anjo, relacionada ao esquema das “rachadinhas”. Eles serão monitorados por tornozeleira eletrônica

Marcus Eduardo Pereira

16/03/2021 19h14

Former political assistant of Senator Flavio Bolsonaro and policeman Fabricio Queiroz (C) is seen arriving to the Legal Medicine Institute (IML) in Sao Paulo, Brazil, on June 18, 2020, after been arrested by Sao Paulo Civil Police and Public Minister at the city of Atibaia, Sao Paulo state, following a request from Rio de Janeiro State Justice. (Photo by NELSON ALMEIDA / AFP)

O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro João Otávio de Noronha, concedeu nesta quinta-feira, 9, prisão domiciliar a Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro. A decisão também vale para a esposa de Queiroz, Márcia Aguiar, que se encontra foragida.

Queiroz e Márcia tiveram as ordens de prisão preventiva decretadas nas investigações da Operação Anjo, relacionada ao esquema das “rachadinhas”. Eles serão monitorados por tornozeleira eletrônica.

Os pedidos de liberdade chegaram ao STJ no dia 7, depois que o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro decidiu enviar os habeas corpus ao tribunal superior. A decisão foi da desembargadora Suimei Cavalieri. Coube ao ministro Noronha analisar o tema porque, pelas regras internas do tribunal, o presidente do STJ é o responsável por decidir sobre questões urgentes no recesso

No pedido de liberdade, a defesa de Queiroz usou como argumento, o “atual estágio da pandemia do coronavírus” e afirmou que Queiroz “é portador de câncer no cólon e recentemente se submeteu à cirurgia de próstata”. Outro argumento utilizado pela defesa diz respeito à documentação que comprovaria que Queiroz passou por uma cirurgia há dois meses.

Os advogados, porém, dizem não ter conseguido “prontuários, laudos e relatórios médicos” porque a Santa Casa da cidade paulista de Bragança Paulista exigiu que houvesse “determinação legal” para a entrega dos documentos.

Esse mesmo pedido já tinha sido feito pelos advogados do ex-assessor logo após a prisão. No entanto, o HC foi negado pela desembargadora Suimei Cavalieri, da 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ).

O ministro João Otávio de Noronha já foi elogiado pelo presidente Jair Bolsonaro, que chegou a dizer que sua relação com o presidente do STJ foi como “amor à primeira vista”. Durante a posse de André Mendonça no Ministério da Justiça, o presidente chegou a dizer que suas conversas com Noronha ajudam a formar sua opinião sobre o Judiciário.

Foi Noronha também quem derrubou a decisão do Tribunal Federal Regional da 3ª Região (TRF-3) que determinava que o presidente Jair Bolsonaro apresentasse os exames para detecção de Covid-19, o que era recusado por Bolsonaro. O caso chegou até o Supremo Tribunal Federal, e o presidente mostrou os exames negativos antes da decisão.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado