Esta é a semana do Dia Internacional do Homem – celebrado na última segunda-feira (15). A data surge como um reforço para a importância de a comunidade masculina manter acompanhamento médico regular. A frequência com que eles comparecem ao consultório deixa a desejar e pode resultar em graves problemas de saúde.
“Infelizmente, o cuidado com a saúde masculina ainda é um tabu para a comunidade. Eles são relutantes em procurar auxílio médico preventivo e manter consultas periódicas”, pontua o urologista. E essa falta de cuidado reflete nos números. As mulheres vivem mais do que os homens em quase todas as partes do mundo – e tem sido assim nos últimos 100 anos. O médico explica que, sem dúvida, “a atenção e cuidado da mulher com própria a saúde ajuda essa expectativa a ser maior”.
Somente por meio de visitas de rotina é possível identificar precocemente graves doenças que podem atingir os homens. Depois dos tumores de pele, o câncer de próstata é o mais comum acima dos 50 anos. É também a segunda causa de morte por câncer nos países desenvolvidos. No Brasil, estimam-se mais de 68 mil novos casos novos de câncer de próstata para cada ano do biênio 2018-2019 e 13 mil óbitos por ano, segundo estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca).
No Distrito Federal, a cada dia, pelo menos dois homens são diagnosticados com câncer de próstata. “Alguns pacientes têm medo do câncer de próstata e não sabem que quanto antes detectado, maior as chances de cura. Em fases mais avançadas, as células malignas podem espalhar-se pelo corpo, causando lesões nos ossos, pulmões e outros órgãos, e o tratamento pode não ser tão eficaz”, pondera Buta.
Entre os homens, a ida ao urologista, por exemplo, costuma surgir somente após os 40 anos. Especialistas defendem ainda essa visita não deveria ser tão tardia. “É importante, por exemplo, que durante a transição de criança para adolescente, quando geralmente o menino sai do pediatra, os pais ou responsáveis garantam ao menos uma ida dele ao urologista. Esta fase é marcada por muitas dúvidas e ter uma orientação médica é fundamental”, explica Tiago Serra, urologista.
Além do câncer de próstata, são comuns entre a comunidade masculina doenças como cálculo renal e o tabagismo. Mais conhecido como pedra nos rins, a doença, que provoca muita dor, atinge em maior parte os homens, entre 20 e 40 anos. Já o tabagismo, é porta de entrada para centenas de outras enfermidades, tais como: diversos tipos de câncer (pulmão, estômago, pâncreas, bexiga), doenças do aparelho respiratório (bronquite crônica, asma, infecções respiratórias) e doenças cardiovasculares (hipertensão arterial, aneurismas, acidente vascular cerebral, tromboses), entre outras.