O Dia Mundial da Sepse, lembrado nesta sexta-feira (13), reforça a necessidade de conscientização sobre uma condição grave que pode evoluir rapidamente para falência de múltiplos órgãos e morte. Popularmente conhecida como infecção generalizada, a sepse ocorre quando o organismo reage de forma descontrolada a uma infecção, tornando a detecção precoce e o tratamento imediato essenciais para salvar vidas.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a sepse atinge cerca de 48,9 milhões de pessoas por ano e provoca 11 milhões de mortes, o que representa aproximadamente 20% de todas as mortes globais. Quase metade dos casos ocorre em crianças menores de cinco anos. No Brasil, a situação é ainda mais preocupante: a mortalidade chega a 60%, bem acima da média de países desenvolvidos, que gira em torno de 20%.

A infectologista Clarisse Lisboa, da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), destaca a importância da chamada “hora de ouro”, o período de 60 minutos após a suspeita de infecção, quando os cuidados iniciais são cruciais. “O diagnóstico e o tratamento ágil fazem toda a diferença para reduzir a mortalidade”, afirma. Pacientes como Michel Strogoph Horovits, internado no Hospital Regional de Samambaia (HRSam), relatam que a rápida intervenção médica foi determinante para a recuperação.
O tratamento da sepse geralmente requer internação em unidades de terapia intensiva (UTIs), administração imediata de antibióticos de amplo espectro e, em casos graves, uso de vasopressores, ventilação mecânica ou hemodiálise. Crianças exigem atenção especial devido à vulnerabilidade do sistema imunológico e à dificuldade de expressar sintomas, reforçando a necessidade de manter as vacinas em dia e buscar atendimento médico ao primeiro sinal de infecção.
Para aprimorar a capacitação de profissionais no reconhecimento precoce da sepse pediátrica, o Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), em parceria com a Sociedade de Pediatria do Distrito Federal (SPDF), realizará uma capacitação na quinta-feira (11). O evento terá formato presencial, com limite de 150 participantes, e também será transmitido pelo Zoom. Sob o lema “Reconhecer para Agir”, o curso enfatiza a importância da identificação rápida dos sinais clínicos, garantindo intervenção médica eficaz e redução de complicações. Os participantes receberão certificados do Núcleo de Educação Permanente em Saúde (Neps) do Hmib e da SPDF para a modalidade online.
Com informações da Secretaria de Saúde