“Quero chorar o teu choro, quero sorrir teu sorriso. Valeu por você existir, amigo.” Foi ao som desse samba que pacientes, familiares e profissionais de saúde se reuniram nesta terça-feira (19) no jardim central do Hospital Regional da Asa Norte (HRAN).
A anfitriã da festa foi Marilda Cordeiro, 67 anos, paciente em cuidados paliativos da unidade. O show ao vivo atendeu a um desejo da paciente: ouvir suas canções favoritas interpretadas por um grupo musical. “Ela me contou que, quando saísse daqui, precisaria de um samba. ‘Não tem problema’, eu disse para ela. A gente vai ter uma roda aqui mesmo”, lembra a filha de Marilda, Janaína Silva, 52 anos.
Recentemente, Marilda recebeu diagnóstico de câncer de pulmão com metástase cerebral. Para Janaína, o momento de celebração foi possível graças à dedicação da equipe hospitalar. “Tudo isso só foi possível por causa desses profissionais. Se a minha mãe hoje está tendo qualidade de vida, está feliz, é graças a eles”, afirma.
Qualidade de vida como prioridade
O atendimento em cuidados paliativos tem como foco principal promover a qualidade de vida de pacientes e familiares que enfrentam doenças que ameaçam a vida. Cada caso é tratado de forma individualizada, com condutas adaptadas às necessidades terapêuticas.
No Distrito Federal, a maioria dos hospitais públicos oferece serviços especializados em cuidados paliativos. As equipes são multidisciplinares, envolvendo médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, psicólogos, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, nutricionistas, fonoaudiólogos, odontólogos e farmacêuticos.
“Podemos proporcionar um momento de alegria, um encontro com toda a família, rodeada por nossa equipe… São essas ações que trazem conforto aos pacientes que enfrentam um período tão difícil e sensível”, explica a fisioterapeuta Ana Cristina Almeida, da equipe de cuidados paliativos do HRAN.
Com informações da Secretaria de Saúde