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Saúde

O impacto de novas tecnologias na saúde

O avanço e popularização das mais diversas tecnologias pode ajudar pessoas a cuidarem da saúde

Redação Jornal de Brasília

19/11/2019 17h43

Saúde

Uma pesquisa recente revelou que o atendimento médico de má qualidade gera 153 mil mortes por ano no Brasil. O estudo foi divulgado no final de 2018 no tradicional jornal científico The Lancet, especializado em temas médicos, e foi resultado de um projeto da Comissão de Saúde Global de Alta Qualidade.

A pesquisa foi conduzida em 137 países de baixa renda. No total, são estimados 5 milhões de mortes globais pelo mesmo motivo. Nesse contexto, existe espaço para esforços que ampliem o acesso à saúde.

A digitalização de serviços dos mais variados tipos é um campo vasto na economia de hoje. O diferencial de parametrizar e organizar dados de clientes e potencialmente expandir a oferta para o mundo inteiro sem aumento proporcional de custos.

Por isso, a medicina é um dos campos com maior potencial para incorporar tecnologias digitais. Além de ser um ramo tecnológico por natureza, novas iniciativas permitem a individualização de tratamentos e de diagnósticos como nunca antes.

Uma nova ferramenta que avança nesse sentido é o relógio digital, que compila dados vitais de seu proprietário.

Corte de gastos e otimização

No Brasil, dispositivos desse tipo ainda estão longe de serem acessíveis, mas há iniciativas tecnológicas que já vicejam. Os serviços da Dr. Consulta são um exemplo da combinação de serviços inovadores no setor da saúde.

A empresa já oferece serviços em São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, e se insere num contexto em que as opções disponíveis aos serviços públicos de saúde são os convênios médicos, que têm passado por reajustes acima da inflação em tempos de crise.

Sem cobrar mensalidade, a empresa reúne profissionais de diversos centros médicos e permite agendar consultas, maior flexibilidade de pagamento (parcelamento em até 10 vezes, por exemplo) e encontrar serviços médicos próximos da localização do paciente.

A inovação digital permite a velocidade das operações desde o agendamento da consulta até a realização dela. Além disso, promove um corte de custos que permite ao usuário não ter que pagar mensalidade para ter acesso a consultas, vacinação, exames e cirurgias.

Consultas online

A incidência de doenças mentais no país hoje é epidêmica. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que 5,8% dos brasileiros sofrem depressão. Além disso, estima-se que 20% a 25% da população sofreu ou sofrerá desse mal no país. A ansiedade, por outro lado, é ainda mais comum e afeta 9,3% da população.

Mas se existe grande demanda por serviços de saúde mental, há uma crescente participação de profissionais desse segmento encontrando clientes online.

A quantidade de aplicativos e ferramentas digitais interativas facilita esse tipo de abordagem. Hoje, opções de videoconferência e troca de mensagens permitem as consultas remotas e os serviços de conscientização sobre transtornos em redes sociais – de maneira mais lúdica e acessível.

Pelo mundo, há diversas iniciativas similares de facilitar consultas remotas. Alguns serviços oferecem consultas médicas com emissão de uma receita no ato e a compra facilitada de medicamentos online.

O Centro de Valorização de Vida (CVV) também replica as facilidades digitais em sua atuação. Essa associação civil sem fins lucrativos nasceu em 1962, e é conhecida por oferecer atendimento telefônico para apoio emocional e prevenção do suicídio.

Além da linha telefônica 188, que funciona 24 horas, o serviço passou a produzir material em blog e canal próprio do YouTube e responder nas principais redes sociais. Também conta com e-mail e chat online com um horário relativamente amplo.

Diagnóstico digital

Os novos passos apontam não apenas para a facilitação do contato e das consultas, mas também para a automatização desses processos. Aplicativos como o Ada servem-se dos imensos bancos de dados e as faculdades de aprendizagem da inteligência artificial para oferecer diagnósticos via chat com altas taxas de acerto.

Embora não seja a mesma coisa que ser atendido por uma pessoa, esse tipo de iniciativa é bastante útil em circunstâncias emergenciais ou naquelas em que simplesmente não há alternativa de consulta.

Com a possibilidade de coleta e de parametrização de dados por aparelhos como relógios inteligentes, como os da Fitbit nos Estados Unidos hoje, a tendência é que doenças e outros problemas de saúde possam ser identificados antes mesmo que as pessoas padeçam dos sintomas iniciais. É um amplo mundo de possibilidades.

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