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Saúde

Novo remédio para ejaculação precoce já é vendido no Brasil; veja como funciona e riscos

A autorização do remédio pela Anvisa ocorreu em março de 2022, mas ele só começou a ser vendido quase um ano depois

Redação Jornal de Brasília

07/08/2023 19h01

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

Um novo remédio indicado para a ejaculação precoce aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) no ano passado teve seu preço máximo definido para os consumidores e já é comercializado no Brasil. Segundo a Farmoquímica, que o produz, ele está sendo vendido no país desde fevereiro deste ano e custa cerca de R$ 55 para uma caixa com seis comprimidos.

O medicamento em questão é o Prosoy. A autorização do remédio pela Anvisa ocorreu em março de 2022, mas ele só começou a ser vendido quase um ano depois, em fevereiro deste ano, segundo a farmacêutica.

De acordo com a bula do medicamento, o Prosoy é indicado para homens de 18 a 64 anos com histórico de ejaculação precoce e persistente. O usuário também deve apresentar angústia por causa da falta de controle no tempo que leva para ejacular.

O medicamento é composto de dapoxetina, uma substância que inibe os recaptadores de serotonina, popularmente conhecido como hormônio da felicidade e associado, entre outros, ao humor e à vida sexual. Inibidores como esse já são usados em alguns antidepressivos: ao barrar os recaptadores, o nível de serotonina aumenta no corpo humano, o que pode ter um efeito positivo no quadro de depressão.

Como efeito colateral, o uso desses antidepressivos pode retardar a ejaculação.

No caso do Prosoy, o objetivo é atuar especificamente no controle da ejaculação precoce por meio da dapoxetina, que aumenta o nível de serotonina no corpo humano, prolonga o tempo de excitação sexual e, enfim, retarda a ejaculação.

Para agir adequadamente, o homem deve tomar um comprimido de 30 mg cerca de 1 a 3 horas antes do sexo. Não é recomendado que a pílula seja utilizada de forma diária, mas o consumo máximo diário pode ser de um comprimido a cada 24 horas.

Também é possível dobrar a quantidade ingerida, chegando a 60 mg. Mas isso só deve ser feito quando o usuário consumiu a dose padrão de 30 mg e não percebeu um efeito suficiente do remédio em retardar a ejaculação. Além disso, para aumentar a dosagem é de extrema importância que o homem não tenha apresentado sintomas de desmaio ou efeitos colaterais, moderados ou graves, ao ingerir 30 mg da droga.

Isso porque o aumento da dosagem também acarreta o maior risco de reações indesejadas.

Alguns desses eventos adversos mais raros e sérios podem ser taquicardia, sensação de nervosismo, vertigem e letargia. Efeitos colaterais mais comuns são tonturas, enjoo, diarreia, entre outros.

Existem casos em que o Prosoy não deve ser de forma alguma recomendada. Por exemplo, não houve testes clínicos que atestem a segurança e a eficácia dele em pessoas com mais de 65 anos ou com menos de 18 anos. Por isso, esse público não deve consumir a droga.

O medicamento também não é indicado para mulheres. Além disso, o uso concomitante do Prosoy com outros remédios pode trazer complicações aos pacientes. Um desses casos são outros inibidores da recaptação de serotonina, comumente utilizados para tratamento de depressão, e também os inibidores de monoaminoxidase, também adotados em casos de distúrbios psiquiátricos.

O depoimento da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) à Polícia Federal que seria dado nesta segunda-feira (7) foi adiado.
Segundo o advogado da deputada, Daniel Bialski, o adiamento se deu porque sua defesa não teve acesso aos autos da investigação que apura a participação da deputada em suposta trama que mirava o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).
A afirmação do advogado foi dada na porta da Superintendência da Polícia Federal de São Paulo a um grupo de jornalistas. No mesmo local, a deputada afirmou que compareceu à PF para demonstrar sua disposição de falar sobre o tema.
Zambelli também afirmou não se sentir isolada pelo seu partido, o PL, e que prestará esclarecimentos à Justiça e à imprensa assim que tiver acesso aos autos do processo.
A deputada disse que não entende que seu mandato está em risco. “Acho que, é claro, a gente não sabe muito bem o que esperar da Justiça, mas eu não tenho medo de cassação”, afirmou.
Uma eventual cassação da deputada tem mais chances de ocorrer pelo caminho da Justiça do que por um processo contra ela no Conselho de Ética da Câmara, avaliam parlamentares ouvidos pela reportagem.
Deputados veem que, apesar de ela estar enfraquecida, ao menos por enquanto não há clima para que sua cassação aconteça em plenário.
Também nesta segunda-feira, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que não esteve mais com a aliada desde a campanha eleitoral do ano passado nem atendeu telefonemas dela.
“Ela queria falar comigo um tempo atrás, não respondi. Vamos ver o que acontece disso, com esse hacker que tem um passado bastante rico”, disse ele após compromisso em São Paulo com o prefeito Ricardo Nunes (MDB).
Bolsonaro também afirmou que “se recolheu” desde a eleição e não teve conversas “com quase ninguém”.
“Voltei há pouco tempo à quase normalidade da vida pública. Nada contra a Carla Zambelli, espero que ela explique tudo que aconteceu.”
A deputada foi alvo na semana passada de operação da PF, que cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços residenciais e em seu gabinete na Câmara. Os agentes prenderam Walter Delgatti, conhecido como o hacker da “Vaza Jato”.
A deputada e Delgatti são suspeitos de atuarem em uma trama que mirava Moraes, do STF, e que resultou na invasão dos sistemas do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e na inserção de documentos e alvarás de soltura falsos no Banco Nacional de Mandados de Prisão.
Segundo Bialski, não há ainda uma data definida para o novo depoimento, que pode ocorrer no final desta semana ou no início da semana que vem.
Na própria quarta, Zambelli afirmou à imprensa que existe uma tentativa de envolver Bolsonaro no contexto das investigações contra ela. A deputada disse que não há ligação entre o caso e o ex-presidente.
“Estão tentando envolver o presidente [Bolsonaro] através de mim, pelo fato de eu ser próxima [dele]”, afirmou ela sobre a operação em entrevista na Câmara.

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