Menu
Saúde

Fones de ouvido: conheça os riscos e saiba como proteger a audição

Especialistas recomendam limitar o tempo e o volume para evitar perda auditiva e problemas de saúde mental

Redação Jornal de Brasília

01/12/2025 14h26

Foto: Matheus Oliveira/Agência Saúde-DF

Foto: Matheus Oliveira/Agência Saúde-DF

O uso de fones de ouvido se tornou cada vez mais comum, especialmente após a pandemia de covid-19, com o aumento do trabalho remoto, dos estudos online e do consumo de entretenimento digital. A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) alerta para os riscos do uso prolongado desses equipamentos, hábito crescente entre jovens e adultos.

A fonoaudióloga Ocânia da Costa, responsável técnica da SES-DF, explica que o uso contínuo em volume alto pode causar danos significativos. “Hoje usamos fones para tudo: estudar, trabalhar, fazer atividade física. A recomendação é limitar o uso a no máximo duas horas por dia, em volume reduzido. A literatura mostra que, a partir de uma hora com o volume no máximo, o ouvido já aciona mecanismos de proteção, o que indica risco”, afirmou.

Entre os sintomas associados ao uso excessivo de fones de ouvido estão tontura, zumbido, dificuldade de concentração, estresse, dor devido à pressão sonora e problemas para compreender conversas. “O adolescente que usa muito fone pode apresentar sintomas semelhantes aos de trabalhadores expostos a ruídos intensos, inclusive dificuldade para entender o professor na sala de aula”, acrescentou Ocânia.

A detecção precoce de problemas auditivos na capital ocorre nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), com encaminhamentos para ambulatórios especializados nos hospitais Regional da Asa Norte (Hran), Regional de Taguatinga (HRT), Regional do Gama (HRG), de Base (HBDF) e Universitário de Brasília (HUB-UnB), além do Centro Educacional da Audição e Linguagem Ludovico Pavoni (Ceal).

O acompanhamento começa ainda na maternidade, com o teste da orelhinha nas primeiras 48 horas de vida. Bebês com alterações são encaminhados para diagnóstico e, se necessário, reabilitação auditiva. Em crianças maiores e adultos, a UBS oferece acompanhamento, podendo indicar aparelhos auditivos ou implante coclear.

Para prevenção, a especialista recomenda tratar infecções de ouvido, evitar exposição prolongada a ruídos intensos e realizar exames periódicos. Entre as causas de perda auditiva estão doenças infecciosas, uso de medicamentos ototóxicos, traumas, perfuração do tímpano, acúmulo de cerume, predisposição genética, problemas metabólicos e envelhecimento.

Ocânia da Costa alerta para os impactos na saúde mental e cognitiva: “Se a pessoa não escuta bem, não se comunica bem. Isso pode levar à depressão, ansiedade e dificuldades de aprendizado nas crianças. No idoso, a perda auditiva não tratada aumenta o risco de demência”.

Arte: Agência Brasília-DF
Arte: Agência Brasília-DF

Com informações da Secretaria de Saúde

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado