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Saúde

Fertilização in vitro: conheça as vantagens do método

Especialistas explicam o melhor caminho para realização do procedimento e cuidados entre clínicas e pacientes

Redação Jornal de Brasília

04/03/2022 19h32

Foto: Agência Brasil

A fertilização In Vitro tem sido um processo de reprodução assistida usado por muitas mulheres que priorizaram a gravidez em um melhor momento para suas vidas.

Cada vez mais procurado por mulheres que desejam engravidar, a fertilização in vitro tem sido um processo de reprodução assistida usado por quem prioriza a gravidez no momento ideal para suas vidas.

Famosas como Ivete Sangalo, Bárbara Evans e a mais nova grávida Viviane Araújo recorreram ao procedimento, que também vem sendo bastante utilizado por casais homoafetivos, a exemplo dos casais Paulo Gustavo e Thales Bretas, e Nanda Costa e Lan Lanh.

Entusiasmada, a atriz Viviane Araújo anunciou a sua gravidez no último domingo. Por meio das redes sociais, ela compartilhou que espera o primeiro filho, aos 46 anos. Em resposta a uma internauta, a atriz destacou que, após o período de ovulação da mulher, fica mais complicado engravidar e, por isso, optou por tentar pela segunda vez o procedimento.

A fertilização in vitro é realizada quando o óvulo é fecundado pelo espermatozoide em laboratório, depois sendo implantado dentro do útero. O processo ocorre em clínicas de fertilidade e deve ser acompanhado por uma rede de profissionais especializados.

A advogada Thaís Maia, mestre em bioética e sócia do Maia & Munhoz Consultoria e Advocacia, explica que o maior cuidado ao realizar o procedimento de fertilização é deixar a paciente bem esclarecida, porque é um método complexo, com várias fases, e que as chances de sucesso não são tão altas como as pessoas imaginam.

“Nas técnicas de reprodução assistida, as taxas de sucesso não são tão altas. O maior cuidado tem que ser o respeito a autonomia desta paciente. Ela tem que realmente estar muito bem informada e esclarecida em relação a todas questões e oportunidades possíveis que ela tem”, alerta.

Luciana Munhoz, advogada especialista em bioética do escritório Maia e Munhoz Consultoria e Advocacia, destaca ainda que é muito importante que, tanto a pessoa que for passar pelo processo de reprodução assistida, como a clínica, tenham firmado entre si um contrato, que trata da prestação de serviços, como um Termo de Consentimento, que descreve o procedimento em si de forma detalhada.

Ela também esclarece que o caminho mais seguro para a realização do procedimento é por meio de clínicas de RA.

“Há uma ideia popular de que é mais simples e menos burocrática a inseminação caseira, mas este procedimento caseiro envolve vários perigos, desde a possibilidade de contrair uma doença sexualmente transmissível e envolver outras doenças. Além de se criar um enorme risco acerca da maternidade/paternidade da criança. Por isso, a reprodução assistida em clínicas vinculadas ao Conselho Federal de Medicina são mais seguras. Isso porque há maior segurança jurídica para a paciente e para os profissionais que prestam o serviço”, ressalta Munhoz.

A criopreservação

A advogada Thaís Maia avalia que hoje em dia com tanta informação as mulheres estão buscando a reprodução humana assistida para a criopreservação de óvulos, ou seja, para a manutenção da fertilidade.

“Uma mulher solteira de 30 anos, ou que não está em um relacionamento que vislumbra a geração de uma família neste momento, ela pode criopreservar seus óvulos”. Thais Mais explica que os óvulos vão ter a idade de quando eles foram preservados, permitindo um maior sucesso do procedimento.

“Ou seja, uma mulher aos 32 anos que criopreserva os óvulos, eles terão 32 anos ainda que ela venha a descongelar esses óvulos aos 45 anos. É como se ela tivesse engravidado fisiologicamente com os óvulos de 32, então, são óvulos que vão ter muito mais chance em uma fecundação”, alerta.

Outro aspecto importante levantado pelas especialistas diz respeito à sexualidade e autonomia feminina.

Se antes a ideia era mais voltada para casais inférteis ou que não conseguem conceber, por ausência de um gameta, hoje ela representa também uma libertação sexual feminina, que ao criopreservar os óvulos mantém a característica de óvulos da idade da mulher quando foram retirados. É o que alerta Luciana Munhoz.

“Segundo estudos, com o avanço da idade, os óvulos femininos apresentam certo risco de desenvolvimento de doenças, então, a criopreservação de gametas e a RA representam uma solução para esta questão”, conclui Luciana.

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