Na sala de parto, entre contrações e expectativas, Akylla Victória Alves encontrou apoio que fez toda a diferença em sua experiência de dar à luz. Enquanto aguardava a chegada da primeira filha, Liz, recebeu sessões de fisioterapia que ajudaram a aliviar dores, controlar a respiração e manter a confiança.
“Os exercícios e orientações foram fundamentais, principalmente para a dilatação e no momento do expulsivo. Sem esse acompanhamento, tudo teria sido muito mais difícil”, contou.
Esse suporte foi possível graças ao novo Espaço Terapêutico, inaugurado no início de setembro pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF) dentro do Centro Obstétrico (CO) do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM). O local foi planejado para proporcionar um ambiente calmo, arejado e acolhedor, reunindo obstetras, enfermeiras, nutricionistas, psicólogas, assistentes sociais, fonoaudiólogas, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais, em um cuidado humanizado e individualizado.
Segundo Luciana Guimarães Farias Gomes, gerente multiprofissional do HRSM, o espaço é resultado de um trabalho iniciado em 2022, quando foi implementado um serviço pioneiro de fisioterapia disponível 24 horas no centro obstétrico.
“É o único do Distrito Federal com essa assistência durante todo o trabalho de parto. Celebramos um marco para a unidade e para a saúde da mulher no DF”, destacou.
Fortalecimento emocional
Além do suporte físico, o atendimento também se estende à saúde mental das gestantes e puérperas. De acordo com a psicóloga Ana Paula Castro, muitas mulheres chegam fragilizadas e com autoestima baixa.
“Nosso objetivo é ajudá-las a reencontrar sua força, mostrando que, ao se cuidarem, elas também cuidam melhor dos seus bebês”, explicou.
O serviço também acolhe pacientes oncológicas e vítimas de violência, oferecendo privacidade para conversas sensíveis e um ambiente seguro para lidar com situações delicadas.
Segurança e autonomia
Outro diferencial do Espaço Terapêutico é o trabalho desenvolvido pela equipe de terapia ocupacional, que auxilia as mães na recuperação da autonomia durante os primeiros cuidados com o bebê.
“É comum surgirem inseguranças em trocar fraldas, dar banho ou posicionar o bebê para amamentar. Orientamos cada etapa, oferecendo confiança nesse processo”, afirmou a terapeuta ocupacional Kênia Daniel.
Além do suporte prático, a especialidade também propõe estratégias para aliviar dores, corrigir posturas e melhorar o descanso, favorecendo uma recuperação mais saudável e tranquila para a mãe e o bebê.
Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF)
