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Saúde

Covid-19 pode gerar sequelas na glândula tireoide, alerta especialista

Um dos perigos desse fenômeno é o hipertireoidismo (alta produção de hormônios) em pessoas com predisposição para essa condição

Redação Jornal de Brasília

24/05/2021 14h44

Foto: Reprodução

Em pouco mais de um ano de pandemia, médicos e cientistas já sabem que a Covid-19, além de afetar sentidos como olfato e paladar, pode causar sequelas a diferentes partes do corpo, como pulmão, coração e fígado, além das psicológicas, como ansiedade e depressão. No entanto, mais recentemente, percebeu-se que a doença também pode afetar a glândula tireoide, localizada na região anterior do pescoço, e que tem como uma de suas principais funções regular o funcionamento dos diversos órgãos do corpo. Esse controle é feito através dos hormônios tiroxina (T4) e triiodotironina (T3).

“O novo coronavírus tem a capacidade de formar um processo inflamatório que quebra os folículos onde são armazenados os hormônios T3 e T4, podendo causar uma tireotoxicose, ou seja, hormônios em excesso no corpo”, explica o Dr. Juliano Zakir, endocrinologista do Sabin Medicina Diagnóstica.

Segundo o médico, um dos perigos desse fenômeno é o hipertireoidismo (alta produção de hormônios) em pessoas com predisposição para essa condição. Daí a importância de se ter atenção para essa possível sequela.

Diagnóstico

Um dos exames mais conhecidos para avaliar o bom funcionamento da tireoide é o TSH, que aponta em qual nível está a produção de hormônios pela glândula e se houve alguma alteração após o quadro de Covid-19. “Uma amostra de sangue é coletada com a finalidade de analisar o material. O método mede a quantidade mínima de TSH no sangue, o que permite saber como está a produção desse hormônio”, afirma o doutor Zakir.

Além deste exame, outros dois são utilizados como complementares: os chamados T4 livre e T3, que medem a produção dos hormônios triiodotironina (T3) e tiroxina (T4). O procedimento é similar ao realizado com o TSH, ou seja, análise de quantidades mínimas em uma amostra de sangue do paciente.

Conforme a coordenadora técnica do Sabin, Mayara Alves, “não há limitações quanto ao horário para coletas, podendo os exames serem realizados ao longo de todo o dia e também sem necessidade de jejum”.

Para os três testes, porém, é importante que o paciente informe ao médico se faz uso de algum medicamento, pois o fato pode interferir no diagnóstico.

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