Fundamental para o funcionamento do corpo, o colesterol em excesso pode provocar a formação de placas nas paredes das artérias e causar doenças graves, como angina, infarto do miocárdio, insuficiência cardíaca, morte súbita e acidente vascular cerebral (AVC). No Dia Mundial de Combate ao Colesterol, celebrado nesta sexta-feira (8), a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) reforça a importância da prevenção e do acompanhamento médico.
O colesterol é uma molécula lipídica presente em todas as células humanas e essencial para a produção de hormônios, vitamina D e sais biliares. Ele é produzido principalmente pelo fígado, mas também obtido a partir de alimentos de origem animal, como carnes, ovos e laticínios.
De acordo com a referência técnica distrital de cardiologia da SES-DF, Rosana Oliveira, manter os níveis controlados exige hábitos saudáveis. “É importante reduzir o consumo de gorduras saturadas e trans, presentes em frituras, embutidos e fast food, além de evitar excesso de açúcar e carboidratos refinados. Ao mesmo tempo, devemos aumentar a ingestão de alimentos com gorduras boas, como abacate, castanhas, amendoim e peixes, e praticar atividade física regularmente”, orienta.
Entre janeiro e agosto de 2025, o Distrito Federal registrou 1.221 internações por infarto do miocárdio, a maioria envolvendo homens de 50 a 69 anos. No mesmo período, 45 pessoas morreram em decorrência da doença, contra 107 óbitos registrados em 2024. Segundo a SES-DF, a redução das mortes está associada a iniciativas como o projeto Sprint, que integra unidades de pronto atendimento e equipes especializadas por meio de tecnologia, permitindo diagnósticos e tratamentos em tempo real.
No Brasil, até o início de agosto, as doenças cardiovasculares já causaram 242 mil mortes, de acordo com o “cardiômetro” da Sociedade Brasileira de Cardiologia.
Os dois principais tipos de colesterol são o LDL, conhecido como “colesterol ruim”, que pode se acumular nas artérias e dificultar a circulação sanguínea, e o HDL, o “colesterol bom”, responsável por remover o excesso de LDL e levá-lo ao fígado para eliminação.
O diagnóstico é feito por meio do exame de sangue conhecido como perfil lipídico, que mede os níveis de LDL, HDL, colesterol total e triglicerídeos. Adultos, especialmente aqueles com fatores de risco como hipertensão, diabetes, obesidade, sedentarismo, tabagismo e histórico familiar, devem realizar o teste regularmente.
“Uma pessoa pode passar anos com colesterol alto sem apresentar sintomas. Por isso, é essencial promover campanhas de conscientização e incentivar a busca por atendimento médico para evitar complicações graves como infarto e AVC”, conclui Rosana Oliveira.
Com informações da Secretaria de Saúde (SES-DF)