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Saúde

Brasil inicia busca por único título que não tem

Arquivo Geral

28/10/2010 17h24

Que o vôlei brasileiro é vitorioso, ninguém duvida. Ao todo, são nove Ligas Mundiais, oito Grand Prix, três Mundiais masculinos e três ouros olímpicos, além de inúmeros títulos na praia. Entretanto, falta ainda um título de importância: o Mundial feminino. E é atrás desta taça que o Brasil entra em quadra a partir desta sexta-feira no Japão.

O time verde-amarelo já chegou perto da conquista duas vezes: em 1994, quando foi derrotado por 3 a 0 por Cuba em São Paulo e em 2006, quando perdeu para a Rússia por 3 a 2 após estar vencendo o tie-break por 13/11.

O adversário de estreia é o Quênia, uma seleção completamente desconhecida. Entretanto, isto não é motivo para assustar as campeãs olímpicas. “Deve ser o adversário mais fraco do grupo”, admite o técnico José Roberto Guimarães. A partida está programada para às 2h30 (horário de Brasília) desta sexta-feira, em Hamamatsu.

Na sequência, os adversários da primeira fase serão República Tcheca, Holanda, Porto Rico e Japão. São quatro grupos de seis equipes formados inicialmente, dos quais os quatro melhores se classificam para a segunda fase. Aí serão formadas duas chaves de oito (E (A cruzando com D) e F (B cruzando com C)) das quais só passam dois de cada lado para a semifinal – neste momento, as seleções só jogam contra quem ainda não haviam enfrentado, ou seja, “carregam” os resultados anteriores.

O sorteio dos grupos colocou Brasil do lado de chave na qual disputa as duas vagas na semifinal com seleções bastante fortes, como Itália, Estados Unidos e Cuba. “Serão jogos muito difíceis, mas estamos preparadas. Estou confiante. Tivemos uma excelente preparação tanto em Saquarema quanto aqui em Tóquio e vamos com tudo para buscar o título”, comentou Jaqueline, eleita a melhor atacante do último Grand Prix, quando o Brasil ficou com a prata.

A edição 2010 do Mundial de vôlei feminino começa marcado pelos desfalques. Além dos EUA, só a Rússia não sofre com o problema e ainda conta com a volta de Sokolova. As atuais campeãs mundiais conquistaram bons resultados na fase de preparação, mas abdicaram do Grand Prix e não foram testadas contra os grandes times de fora da Europa – trata-se de uma tática que já deu errado nas Olimpíadas de Pequim.

O Brasil, por sua vez, não poderá contar com as ponteiras Mari e Paula Pequeno, ambas machucadas durante o Grand Prix. Por isso, Zé Roberto deslocou Natália da saída de rede para a ponta, além de chamar Fernanda Garay como reserva. Acostumada a treinar passe há anos, a jovem atacante está tranquila com a repentina titularidade.

“Não esperava ser titular neste Mundial, o meu primeiro no adulto. É uma responsabilidade grande, mas todas as meninas me ajudam muito. As mais velhas chamam a responsabilidade. Vou me doar ao máximo e espero ajudar o Brasil a trazer o título mundial”, afirmou a atleta, que impressiona pela potência de seus ataques.

Considerada o melhor time do mundo pelo técnico Zé Roberto, a Itália não contará com a Jenny Barazza (grávida), Martina Guiggi e Enrica Merlo (machucadas), enquanto a China perdeu Ruoqi Hui, também por lesão. Na Holanda, a vítima foi a ponteira Debby Stam, enquanto Cuba, que finalmente se rendeu ao sistema 5-1, não terá Nancy Carrillo, que desistiu de defender o país, em quadra. A despeito dos problemas, o discurso de todas as seleções é de muita vontade. “Vamos com tudo, dar o nosso melhor para tentar trazer o título”, afirmou a capitã brasileira, Fabiana.

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