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Saúde

Arritmias Cardíacas e Morte Súbita causam mais de 320 mil mortes no Brasil todos os anos

Realizada no dia 12 novembro, a campanha “Coração na Batida Certa” tem como objetivo alertar a população sobre a doença

Redação Jornal de Brasília

08/11/2022 12h25

Foto: Banco de Imagens

Instituído pela Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC), desde 2007, no dia 12 de novembro é celebrado o Dia de Prevenção das Arritmias Cardíacas e Morte Súbita. Anualmente, a Sociedade realiza, juntamente com as Instituições ligadas à área de Cardiologia de todo o país, a campanha “Coração na Batida Certa”, que tem como objetivo organizar atividades de educação/orientação para a população sobre a prevenção e tratamento das doenças do coração.

As doenças cardiovasculares ocupam um lugar de destaque entre as causas de morte no Brasil e no mundo. Entre elas, as arritmias cardíacas têm grande impacto na mortalidade e na qualidade de vida da população mundial. No Brasil, anualmente, a doença causa mais de 320 mil mortes súbitas todos os anos.

De acordo com o cardiologista eletrofisiologista do Instituto do Coração de Taguatinga (ICTCor), Henrique César de Almeida, durante uma arritmia cardíaca o coração pode bater rápido, lento ou em velocidade normal, porém, “fora do compasso”. Segundo o especialista, mesmo que o paciente não perceba a arritmia, os efeitos causados por ela são sérios e vão desde um derrame até a possível morte do paciente. Para o médico, a doença precisa não apenas de atenção, mas principalmente de prevenção. 

“Precisamos chamar a atenção para o assunto, que apesar de comum não recebe a importância que deveria da população. A campanha trabalha com dois pilares principais: social, que visa conscientizar a população da existência e modo de prevenir os fatores de risco para o desenvolvimento de arritmias cardíacas e da morte súbita, e educativa, que funciona para disseminar e implementar diretrizes e guias práticos de prevenção da doença e suas consequências”, alerta o médico do ICTCor.

Ainda de acordo com o profissional, a campanha ressalta a importância da realização de exames preventivos e a necessidade do acompanhamento das arritmias cardíacas por um profissional que tenha a qualificação comprovada. Com o intuito de fortalecer o conceito da campanha, o  Instituto do Coração de Taguatinga (ICTCor) também lançou um vídeo explicativo sobre o tema, e que pode ser assistido por meio do link: (https://www.youtube.com/watch?v=JWzqryD42No). 

Quatro perguntas

1 – Quem faz parte do grupo de risco? 
Embora algumas arritmias ocorram com maior frequência, conforme o avanço da idade, e/ou estejam associadas a outras doenças como o infarto ou a doença de chagas, existem, também, aquelas que ocorrem em pessoas sem nenhuma doença aparente, independentemente da idade ou sexo, e que podem ser graves e necessitarem de tratamento.

2-  Quais são os sintomas mais comuns?  
Algumas arritmias podem ocorrer sem que o paciente tenha sintoma algum, contudo, quando elas ocorrem, os mais comuns são as palpitações, desmaios e tonturas. Costumamos falar que cada pessoa conhece ou deveria conhecer o seu próprio corpo. Se o indivíduo percebe que seu coração está batendo de forma inadequada, deve procurar o mais rápido possível um cardiologista para uma avaliação. O médico especialista em arritmia saberá quais exames devem ser feitos para dar o diagnóstico e determinar se há algum risco, se há necessidade de tratamento e qual a melhor orientação para o paciente.

3 – Como funciona o tratamento?  
Em muitos casos, as arritmias podem ser benignas e não requerem tratamento específico. Quando necessário, é possível tratá-las com uso de medicação, através de ablação (uma forma especial de cateterismo durante o qual é possível cauterizar o foco da arritmia) ou em alguns casos, por implante de marcapasso ou outro dispositivo eletrônico similar.

4 – Como prevenir o problema?  
As arritmias podem decorrer de outras doenças cardiovasculares, e para preveni-las é preciso, antes, impedir as doenças cardíacas como o infarto e a pressão alta. E isso se faz com hábitos de vida saudáveis, como manter uma alimentação à base de frutas, verduras e alimentos não gordurosos, não se exceder no consumo de bebidas alcoólicas, não fazer uso de tabaco, praticar atividade física e cuidar da saúde emocional, evitando o estresse e, periodicamente, realizar uma avaliação cardiovascular de rotina. 

Saiba mais sobre a campanha: https://www.sobrac.org/campanha/

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