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Saúde

Aniversário de Brasília: Mestre pela UnB reflete sobre qualidade de vida de idosos na capital federal

Tatiana Maciel realizou trabalho questionando se Brasília é, de fato, uma cidade amigável com população de mais de 60 anos

Redação Jornal de Brasília

20/03/2023 17h22

Foto: Agência Brasil

Brasília, em pouco mais de vinte anos, se tornará a primeira capital do país a ter um número maior de pessoas idosas do que jovens na sua população. E como a cidade tem se preparado em termos de políticas públicas para essa parcela da população? Os cidadãos considerados idosos sentem que a cidade os acolhe? Brasília é, em suma, uma cidade amiga da pessoa idosa? Foram essas perguntas que Tatiana Maciel, mestre pela Universidade de Brasília (UnB) em Desenvolvimento, Sociedade e Cooperação Internacional, se fez para saber qual o grau de amigabilidade que Brasília possui com moradores de sessenta anos ou mais.

Tatiana é graduada em Fisioterapia pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e tem trabalhado com essa população por mais de dez anos. Foi assim que percebeu que muitas das questões que atingem esse grupo etário seriam melhor atendidas, ou mesmo mitigadas, se houvesse políticas públicas que contemplassem pessoas idosas como parcela importante da sociedade, como detentoras do direito à cidade. Questões como medo de sair de casa por receio de tropeçar e cair numa calçada, ou mesmo a violência cotidiana – já que esse grupo etário é por vezes mais vulnerável –, determinam em grande medida sua saúde física e mental, o que faz com que pessoas dessa idade se coloquem, muitas vezes, em isolamento social. Quanto mais interação social com pessoas de diversas faixas etárias, melhor é a qualidade de vida, tanto para as pessoas idosas quanto para os mais jovens, mostram estudos aos quais a mestre pela UnB teve acesso.

“Uma cidade amiga da pessoa idosa é uma cidade que acolhe a todos. Se uma calçada é adequada à pessoa idosa, por consequência será também aos deficientes físicos, pais com carrinhos de bebês e assim, terá mais conforto para população em geral”, garantiu Tatiana.

O grupo de pessoas idosas não pode ser considerado homogêneo. Segundo Tatiana, é preciso levar em conta como foi a juventude, se ela teve acesso aos serviços básicos de saúde, alimentação adequada, lazer, esporte e qual o seu grau cultural e sua formação intelectual. Ao chegar a essa conclusão, outra questão surgiu em seu trabalho: as pessoas de estratos sociais diferentes percebem a cidade da mesma forma?

A pesquisadora percebeu que uma cidade amiga das pessoas idosas passa por uma construção conjunta de novos olhares da sociedade, já que, para se considerar uma cidade amiga da pessoa idosa, envolvem-se aspectos para muito além da infraestrutura. “Isso não exime o poder público de garantir acessibilidade e direitos essenciais. Há que se abrir espaço para uma agenda de políticas públicas voltada para a diminuição do preconceito social e inclusão dessa parcela da população para o pleno usufruto do direito à cidade”, concluiu Tatiana Maciel.

Serviço
Nome da pesquisadora: Tatiana Frade Maciel
Formação: graduação em Fisioterapia (UFJF – 2010) e mestrado em Desenvolvimento, Sociedade e Cooperação Internacional (UnB – 2023)
Contato: 31 98889-1093
E-mail: [email protected]
Site: https://brasiliacidadeamig.wixsite.com/longevidade

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