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Saúde

11% das pessoas com perda auditiva tem depressão, aponta pesquisa

“Uma em cada cinco pessoas com perda auditiva se sente sozinha. E a deficiência é ainda mais comum em idosos”

Redação Jornal de Brasília

23/03/2021 13h39

Pesquisa realizada pelo Instituto Nacional de Surdez e Outros Distúrbios da Comunicação (NIDCD) mostra que 11% dos indivíduos com perda auditiva tem depressão. No momento em que a comunicação e a interação social se tornam desafios na vida de uma pessoa, elas começam a se sentir mais sozinhas e, consequentemente, mais deprimidas. Ainda mais em tempos difíceis como o atual, em que vivemos uma pandemia e que o isolamento é necessário.

O fonoaudiólogo Gleison Barcelos explica que o diagnóstico precoce é a chave para que os pacientes voltem a ser socialmente engajados. “Uma em cada cinco pessoas com perda auditiva se sente sozinha. E a deficiência é ainda mais comum em idosos”, afirma o especialista.

O paciente com perda auditiva passa a sentir-se sozinho por não conseguir comunicar-se e a solidão prolongada pode causar doenças mais sérias, como a depressão. Por isso, é importante ficar em alerta quanto aos sintomas, que são: fadiga, irritação, perda de interesse em atividades que antes eram prazerosas, insônia e cansaço. “Autoestima baixa e falta de concentração também são considerados indícios da doença”, explica Luan Diego Marques, que é médico psiquiatra e especialista em terapia interpessoal.

Gleison ainda ressalta que é possível minimizar os riscos de depressão relacionada à perda auditiva. “As pessoas que procuram o tratamento da surdez precocemente conseguem ter mais qualidade de vida. Em alguns casos, a recomendação é o uso de aparelhos auditivos”, diz o fonoaudiólogo.

De acordo com o especialista em audiologia, com o tratamento correto, o deficiente auditivo pode ter uma excelente qualidade de vida. “Usar aparelho auditivo não é questão de luxo, trata-se de uma necessidade para que esses pacientes se comuniquem melhor e não se isolem”, diz Barcelos. “Atualmente, temos aparelhos discretos e muito modernos, como Via Edge AI, que tem sensores que otimizam a captura de áudio, reduzindo o tempo de resposta ao paciente”, conclui o fonoaudiólogo.

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