A deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) protocolou um projeto que visa evitar que o poder público exija comprovante de vacinação contra a covid-19. O PL 3.702/21 também tenta impedir sanções aos cidadãos que não se vacinarem.
Para Zambelli, as autoridades não podem proibir cidadãos de realizar determinadas atividades ou frequentar locais públicos e privados se não apresentarem carteira de vacinação. Ela defende que é preciso restaurar “ordem constitucional, impondo-se ao Poder Legislativo, como máximo representante do povo, a tarefa de resguardar os direitos da população brasileira”.
Pesquisa Saúde Brasil, publicada nesta segunda-feira (25) pela plataforma FDR, mostra que três a cada quatro brasileiros são favoráveis à adesão do passaporte da vacina em empresas privadas, por exemplo. O levantamento mostra várias hipóteses e aplica a porcentagem favorável ao passaporte nestas situações:
- Torcedores de estádios de futebol: 80%;
- Estudantes de universidades: 76%;
- Funcionários públicos em governos e repartições: 76%;
- Estudantes de escolas públicas e privadas: 74%;
- Funcionários de empresas privadas: 74%;
- Clientes de bares e restaurantes: 68%;
- Passageiros de empresas de ônibus: 58%;
- Moradores de condomínios: 54%.
No último dia 10, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), foi impedido de assistir ao jogo entre Santos e Grêmio, na Vila Belmiro, em Santos-SP, porque o clube cobra o comprovante de vacinação. Bolsonaro diz publicamente que não se vacinou contra a covid-19 e que não pretende se imunizar. Os cartões de vacina do presidente estão sob sigilo pelos próximos 100 anos.
“Por que passaporte da vacina? Eu queria ver o jogo do Santos agora e falaram que tinha que estar vacinado. Pra que isso? Eu tenho mais anticorpos do que quem tomou vacina”, queixou-se durante uma transmissão ao vivo exibida em seu Facebook.