Assegurado por um habeas corpus do ministro do STF Luis Roberto Barroso, o empresário bilionário Carlos Wizard foi à CPI da Pandemia nesta quarta-feira (30), discursou por 18 minutos e se reservou ao direito de permanecer em silêncio diante das perguntas feitas pelos senadores. Contudo, em determinado momento, Wizard tentou falar para promover um trabalho que fez anteriormente.
Durante todas as perguntas do relator Renan Calheiros (MDB-AL), Carlos Wizard repetiu que ficaria em silêncio. Em seguida, a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) teve o direito da palavra e iniciou seu questionamento perguntando qual era a religião do empresário. Neste momento, ele fez uma sugestão:
“Eu gostaria de sugerir a todos que tenham interesse em conhecer u pouco mais da obra humanitária que eu realizei em Roraima”, disse Wizard, erguendo um livro. O presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), impediu: “Não vai vender livro aqui, não.”
Durante discurso inicial, Wizard proferiu trechos bíblicos, contou histórias familiares e disse que não tem conhecimento da existência de um gabinete paralelo que estaria orientando o presidente Jair Bolsonaro sobre medidas contra a pandemia. Depois, anunciou que ficará calado. “Feitos esses esclarecimentos, por orientação dos meus advogados e em conformidade como decidido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), doravante vou permanecer em silencio”, finalizou o empresário.
O relator Renan Calheiros (MDB-AL) anunciou que pedirá a não liberação do passaporte de Wizard, que está retido até a data deste depoimento.