Carlos Alberto Decotelli, nomeado ministro da Educação na última quinta-feira (25) pediu demissão do cargo na tarde desta terça-feira (30). Ele redigiu uma carta pedindo a saída do cargo após seu currículo ter sido questionado diversas vezes.
O presidente Jair Bolsonaro teria se irritado com as inconsistências no currículo do ministro nomeado. A carta de demissão chega nas mãos do presidente no dia em que Decotelli tomaria posse. O presidente aceitou o pedido mas ainda não definiu o quem assumirá a pasta.
Instituições como a Fundação Getúlio Vargas (FGV) e a Universidade de Wuppertal, na Alemanha, desmentiram informações sobre sua formação acadêmica. Na noite de ontem, a FGV soltou uma nota informando que Decotelli não foi pesquisador ou professor efetivo na instituição, apenas foi apenas professor colaborador nos cursos de Educação Continuada.
Polêmicas
Além da FGV, a Universidade de Wuppertal, na Alemanha, negou que o ministro da Educação, Carlos Alberto Decotelli da Silva, tenha obtido pós-doutorado na instituição. Desta forma, a universidade desmente Decotelli, que afirma, em seu currículo Lattes, que obteve o pós-doc em Wuppertal.
A universidade confirmou a informação ao Jornal de Brasília na manhã de segunda-feira (29). “Carlos Decotelli não adquiriu um título em nossa universidade. A Universidade de Wuppertal não pode fazer declarações sobre títulos adquiridos no Brasil”, conta a instituição, em nota.
A instituição explica que Decotelli esteve na instituição por três meses, de janeiro a março de 2016, para uma pesquisa de três meses na disciplina ministrada pela professora Dra. Brigitte Wolf, que dava aulas de teoria do design, com foco em metodologia, planejamento e estratégia.
Outra instituição que desmentiu dados presentes em seu currículo foi a Universidade de Rosário, na Argentina. Segundo a universidade, Decotelli cursou créditos na instituição, mas não defendeu tese alguma, sendo, portanto, desmentido pelo reitor da instituição.