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Política & Poder

Urgente: Decotelli pede demissão do Ministério da Educação antes mesmo de tomar posse

Nomeado na quinta-feira (25), Decotelli saiu do cargo antes mesmo de tomar posse. Dados em seu currículo foram desmentidos por várias instituições de ensino

Aline Rocha

30/06/2020 16h20

Carlos Alberto Decotelli, nomeado ministro da Educação na última quinta-feira (25) pediu demissão do cargo na tarde desta terça-feira (30). Ele redigiu uma carta pedindo a saída do cargo após seu currículo ter sido questionado diversas vezes.

O presidente Jair Bolsonaro teria se irritado com as inconsistências no currículo do ministro nomeado. A carta de demissão chega nas mãos do presidente no dia em que Decotelli tomaria posse. O presidente aceitou o pedido mas ainda não definiu o quem assumirá a pasta. 

Instituições como a Fundação Getúlio Vargas (FGV) e a Universidade de Wuppertal, na Alemanha, desmentiram informações sobre sua formação acadêmica. Na noite de ontem, a FGV soltou uma nota informando que Decotelli não foi pesquisador ou professor efetivo na instituição, apenas foi apenas professor colaborador nos cursos de Educação Continuada. 

Polêmicas

Além da FGV, a Universidade de Wuppertal, na Alemanha, negou que o ministro da Educação, Carlos Alberto Decotelli da Silva, tenha obtido pós-doutorado na instituição. Desta forma, a universidade desmente Decotelli, que afirma, em seu currículo Lattes, que obteve o pós-doc em Wuppertal.

A universidade confirmou a informação ao Jornal de Brasília na manhã de segunda-feira (29). “Carlos Decotelli não adquiriu um título em nossa universidade. A Universidade de Wuppertal não pode fazer declarações sobre títulos adquiridos no Brasil”, conta a instituição, em nota.

A instituição explica que Decotelli esteve na instituição por três meses, de janeiro a março de 2016, para uma pesquisa de três meses na disciplina ministrada pela professora Dra. Brigitte Wolf, que dava aulas de teoria do design, com foco em metodologia, planejamento e estratégia.

Outra instituição que desmentiu dados presentes em seu currículo foi a Universidade de Rosário, na Argentina. Segundo a universidade, Decotelli cursou créditos na instituição, mas não defendeu tese alguma, sendo, portanto, desmentido pelo reitor da instituição. 

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