Da redação
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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, terá acesso a dados sigilosos de cerca de 600 mil pessoas. Toffoli determinou que o Banco Central (BC) lhe enviasse cópia de todos os relatórios de inteligência financeira (RIFs) produzidos pelo antigo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) nos últimos três anos, e o banco atendeu o pedido.
Das 600 mil pessoas, 412,5 mil são físicas e 186,2 jurídicas. Toffoli disse que precisava dos dados para entender como os relatórios financeiros são elaborados e tramitados.
PGR estuda reagir
A Procuradoria-Geral da República (PGR) estuda adotar medidas para questionar a determinação de Toffoli. Segundo a reportagem, o procurador-geral Augusto Aras deve receber um parecer interno de um membro do Ministério Público Federal (MPF), que lhe dá direito de embasar uma possível ação da PGR. A informação é do jornal Folha de S.Paulo.
Família Bolsonaro
Segundo a reportagem, alguns dos relatórios obtidos por Toffoli mencionam membros da família do presidente Jair Bolsonaro (PSL). O senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) era investigado por suposta “raciadinha” no antigo gabinete da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
Procurado pela reportagem, o presidente do Supremo disse que não comenta o caso, pois o assunto corre sob sigilo.
