Menu
Política & Poder

Terceira via e candidaturas de centro se tornam decisivas em caso de 2º turno

Polarizado: Apesar do discurso favorável a uma união, candidaturas e pré-candidaturas possíveis, ficaram pelo caminho

Redação Jornal de Brasília

02/10/2022 7h15

Foto: Divulgação

O centro político iniciou o ano eleitoral de 2022 mobilizado na busca de um nome que reunisse forças partidárias suficientes para fazer frente à polarização que já se apresentava entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL). Apesar do discurso favorável a uma união, candidaturas e pré-candidaturas ficaram pelo caminho.

As pesquisas indicam que os candidatos alternativos e a chamada terceira via não têm força eleitoral para quebrar essa dualidade, mas deverão ser fundamentais se a disputa seguir para o segundo turno. Juntos, Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB), Soraya Thronicke (União Brasil) e Luiz Felipe d’Avila (Novo) somaram porcentuais que variam entre 12% e 13%, segundo as mais recentes pesquisas de intenção de voto, divulgadas neste sábado, 1º pelos institutos Ipec (ex-Ibope) e Datafolha.

Já Bolsonaro impossibilitou qualquer diálogo que poderia estabelecer com Soraya, ao expor a candidata no debate promovido pela TV Globo. Em 2018, a senadora foi eleita declarando apoio ao então candidato à Presidência. No entanto, fez “tabelinha” com Felipe d’Avila, o que deixa aberta a possibilidade de aliança.

Apesar de preferir o termo “alternativas à polarização” à expressão terceira via, Paulo Hartung, ex-governador do Espírito Santo e um dos articuladores do movimento, disse acreditar que o grupo terá peso se a eleição presidencial seguir para segunda etapa. “Essas candidaturas alternativas são muito fortes no segundo turno porque elas estão amealhando um apoio que parece pequeno, mas que pode ser aquilo que pode ser decisivo no segundo turno”, afirmou.

Os candidatos da terceira via, entre elas Simone e Soraya, que são senadoras pelo Mato Grosso do Sul, encerraram suas campanhas neste sábado em São Paulo – a exceção foi Ciro Gomes, que foi para o Ceará, seu reduto eleitoral.

Simone Tebet participou de um evento na quadra da escola de samba Caprichosos do Piqueri, na zona norte da capital. Em rápida entrevista, ela comemorou seu desempenho na disputa. “Saí de 70% de desconhecimento para 70% de conhecimento, o que não é pouca coisa em apenas 45 dias de campanha. É algo inédito. Saí de uma rejeição maior para a menor rejeição entre todos os candidatos”, afirmou a senadora, que evitou falar sobre quem vai apoiar no 2.° turno. “Não sei onde estarei daqui duas horas”. Depois do ato, Simone seguiu para o Mato Grosso do Sul, onde vota.

Ciro Gomes participou de uma carreata em Fortaleza ao lado de seu candidato ao governo do Estado, Roberto Cláudio (PDT). O presidenciável vota no domingo em Sobral.

Soraya fez uma caminhada no Mercado Municipal, em São Paulo, e encerrou a agenda no Edifício Copan, onde posou para fotos em frente ao Bar da Dona Onça. Ao falar com jornalistas, criticou tanto Bolsonaro, a quem chamou de “mentiroso”, quanto Lula, apontado como “corrupto”. “Os candidatos que estão liderando as pesquisas somam 20 anos de má gestão e de corrupção”, disse.

Luiz Felipe d’Avila se manteve ativo nas redes sociais e fez campanha em São Paulo. O candidato do Novo fez uma série de publicações no Twitter, nas quais pede voto também para os candidatos de seu partido ao Legislativo. “Não será um presidente que vai salvar o País. Precisamos também de um Congresso forte e comprometido com o futuro do Brasil”, afirmou em uma das mensagens.

Estadão Conteúdo

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado