O “supercomputador” que atrasou o resultado da apuração das eleições municipais no último domingo (15) foi comprado sem licitação pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A Oracle do Brasil Sistemas é a responsável pelo serviço. O TSE firmou parceria com a empresa com dispensa de licitação em um contrato de R$ 26,2 milhões, assinado em março deste ano.
A informação foi publicada em primeira mão pelo site Terra. A BBC Brasil apontou que a Justiça Eleitoral gastou cerca de R$ 19 milhões com a Oracle do Brasil. Não se sabe, no entanto, se todos os pagamentos são referentes aos serviços dos “supercomputadores”.
Os equipamentos são do modelo Exadata X8, aparelhos com capacidade de processamento muito superior a um computador pessoal. Têm tamanho maior do que o de uma geladeira ou freezer domésticos e pesam até 915 quilos.
Lentidão
O supercomputador apresentou lentidão na apuração dos votos no domingo. O TSE justificou que os dados foram remetidos normalmente pelos TREs normalmente.
O órgão afirma que está avaliando possíveis inovações no sistema de votações do país. No domingo, 31 empresas de tecnologia apresentaram sugestões em simulações de votação em candidatos fictícios. Barroso participou de uma dessas simulações em Valparaíso de Goiás (GO) e afirmou que o tribunal vai analisar os resultados dessas propostas, apesar da confiança no atual sistema de urnas eletrônicas.