O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, nesta terça-feira (06), arquivar a investigação contra o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), por suposta corrupção passiva.
Toda a primeira turma do Supremo votou pelo arquivamento. A denúncia contra Lira foi enviada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em 2019, quando o deputado se tornou réu.
Na época, a defesa de Lira recorreu e o ministro Dias Toffoli entrou com um pedido de vista e suspendeu em novembro de 2020. Em abril deste ano, a própria PGR desistiu da acusação por considerar que não há provas além de delações.
Segundo a investigação inicial, um assessor parlamentar do deputado foi apreendido com R$ 106 em dinheiro quando tentava embarcar no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, com destino a Brasília em 2012. As passagens usadas por ele eram custeadas por Lira. Ao ser preso, o assessor disse que a quantia pertencia ao deputado.
Ainda de acordo com a PGR, o dinheiro deveria ser entregue a Lira, na época líder do Partido Progressista (PP), em troca de apoio político para manter Francisco Carlos Cabalero Colombo como presidente da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU).
Em fevereiro deste ano, a defesa do parlamentar apresentou um novo recurso questionando o julgamento sob o argumento de que casos conexos foram rejeitados e anulados pela Justiça.
