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Política & Poder

Sargento da FAB traficou cocaína outras sete vezes antes de ser preso

Segundo a PF, Manoel e a esposa passavam por dificuldades financeiras. Depois do caso, o casal teria reformado apartamento e comprado automóvel

Redação Jornal de Brasília

31/05/2021 7h24

O Sargento da Força Aérea Brasileira Manoel Silva Rodrigues, flagrado em junho de 2019 ao desembarcar de um avião de apoio da comitiva do presidente Jair Bolsonaro na Espanha com 39 quilos de cocaína, já havia cometido tráfico da droga em pelo menos sete viagens oficiais antes deste flagrante.

A informação consta no inquérito da Polícia Federal e foi divulgada pelo portal UOL. A primeira viagem que se tem conhecimento ocorreu em março de 2019, do Distrito Federal para São Paulo. Segundo a PF, Manoel e a esposa, Wilkelane Nonato Rodrigues, passavam por dificuldades financeiras, e depois da viagem, a situação teria melhorado.

Trocas de mensagens entre Manoel e Wilkelane dão ainda mais indícios do tráfico. Em uma das viagens, o sargento enviou para a esposa uma foto com um terço enrolado no pulso. Aquilo, para o Ministério Público Militar (MPM), queria dizer que ele havia tido êxito em transportar a droga. Nesta ocasião, ele levou cocaína em avião da FAB durante missão oficial diplomática ao Azerbaijão, com escala na Espanha, em abril de 2019.

Após essa viagem ao Azerbaijão, Manoel comprou uma moto Honda NC-750-X por R$ 32.900 e gastou R$ 26 mil na reforma de um apartamento em Taguatinga-DF. Investigações apontam que o sargento recebeu ao menos R$ 100 mil nesta ocasião.

Dentre os voos que a PF tem conhecimento de ter ocorrido tráfico, estão quatro domésticos (São Paulo e Recife) e três internacionais com escalas na Espanha, país onde era entregue a cocaína.

Mais militares envolvidos

Segundo o Ministério Público Militar, Manoel agia com ao menos outros quatro militares da Aeronáutica. Antes das viagens, o sargento se hospedava em um motel no Park Way, onde supostamente recebia a droga a ser traficada.

Outro militar envolvido seria o sargento Jorge Luiz da Cruz Silva, que usava o codinome de “Flamengo”. Ele e Manoel estavam no mesmo local em 28 de abril, véspera da viagem ao Azerbaijão, e em 24 de junho, um dia antes de uma missão ao Japão.

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