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Política & Poder

Rosângela Moro apoia setor de turismo em crítica a decisão de Lula para visto

A dispensa do visto foi adotada por Jair Bolsonaro em 2019, às vésperas de uma visita feita pelo ex-presidente a seu aliado Donald Trump

FolhaPress

14/03/2023 14h22

Poder360 Ideias – Sérgio Moro é o convidado do Poder360 Ideias, no restaurante Piantas. Brasilia, 04-11-2019.Foto: Sérgio Lima/PODER 360

Joana Cunha

A deputada Rosângela Moro, mulher do senador Sergio Moro, endossou o movimento do setor de turismo que vem reclamando da decisão de Lula de retomar a exigência do visto para visitantes da Austrália, do Canadá, dos EUA e do Japão.

“Quando falamos em retomar a exigência de vistos dos países ricos, aumentamos a burocracia para que o turista venha para o Brasil, prejudicando, assim, o turismo e a economia brasileira”, escreveu ela em rede social.

Na semana passada, após a divulgação da medida, entidades e empresas ligadas ao mercado turístico se manifestaram contra a volta da exigência de vistos sob o mesmo argumento de que pode prejudicar a atração de turistas.

A dispensa do visto foi adotada por Jair Bolsonaro em 2019, às vésperas de uma visita feita pelo ex-presidente a seu aliado Donald Trump. A medida contraria o princípio da reciprocidade adotado historicamente pelo Itamaraty, em que se exigem os mesmos critérios estabelecidos para a entrada de brasileiros em cada país.

O governo Lula avalia que a liberação dos vistos não ajudou a elevar o número de turistas estrangeiros no Brasil.

Rosângela Moro questiona a reciprocidade e argumenta que a exigência do visto americano para brasileiros se justifica pela quantidade de pessoas que tentam migrar para os EUA ilegalmente, o que não acontece no Brasil. “Se o turista pode ir à Europa, México, Caribe e vários outros países sem visto, criamos mais barreiras para que ele escolha o Brasil. Mais uma decisão errada do governo”, disse a deputada.

Seu marido, Sergio Moro, também se posicionou contra a medida de Lula nos últimos dias. Moro tem proximidade com as lideranças de entidades do setor, como Fabio Aguayo, diretor da CNTur (confederação do turismo), que foi um dos maiores entusiastas da tentativa do ex-juiz de concorrer à Presidência na eleição passada.

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