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Política & Poder

Ricardo Barros passa a ser investigado pela CPI, afirma Renan

Antes, o líder do governo era tido apenas como testemunha. Renan Calheiros cita que Barros participou de “rede criminosa que tentava vender vacina através de atravessadores”

Willian Matos

18/08/2021 10h49

Foto: Pedro França/Agência Senado

O relator da CPI da Pandemia, senador Renan Calheiros (MDB-AL), afirmou nesta quarta-feira (18) que o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), passará a ser investigado pela comissão. Antes, Barros figurava apenas como testemunha.

“A partir de hoje faz parte da investigação formalmente como investigado o deputado Ricardo Barros. Nós estamos agregando o nome do Ricardo Barros aos nomes já investigados em função dos óbvios indícios de sua participação nessa rede criminosa que tentava vender vacina através de atravessadores, comprometendo, muitas vezes, setores da sua própria família e fazendo com que o país perdesse a oportunidade de comprar vacinas na hora certa”, afirmou Renan.

Ricardo Barros é tido como mentor da negociação entre o governo federal e a Precisa Medicamentos para a compra da vacina Covaxin. O Executivo chegou a assinar contrato de aquisição do imunizante, que custaria 11 dólares, valor acima das demais vacinas hoje usadas no Brasil. Também não é comum fazer acertos com intermediadores, como é a Precisa neste caso. Com a AstraZeneca e a Coronavac, por exemplo, as compras se deram diretamente com os fabricantes.

Barros já depôs à CPI, negou as acusações e irritou senadores ao afirmar que os trabalhos da comissão estariam afastando fabricantes do Brasil. A sessão foi suspensa, e o deputado deve ser reconvocado.

Após as investigações da CPI, o Ministério da Saúde suspendeu e depois cancelou o vínculo junto à Precisa Medicamentos. A comissão, no entanto, segue apurando o negócio. Hoje, será ouvido o advogado da empresa, Túlio Silveira. Ele deve ser perguntado sobre a negociação com o governo.

A sessão começou por volta de 10h. Assista ao vivo:

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