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Política & Poder

Renan indicia Heinze por mentiras sobre a pandemia

Defensor do governo Bolsonaro, Heinze costuma exaltar uso de medicamentos não eficazes contra a covid-19, como cloroquina e ivermectina

Willian Matos

26/10/2021 12h20

Heinze

Luis Carlos Heinze. Foto: Agência Senado

O relator da CPI da Pandemia, senador Renan Calheiros (MDB-AL), decidiu nesta terça-feira (26) indiciar o colega Luis Carlos Heinze (PP-RS) por disseminar informações falsas a respeito da pandemia de covid-19. A comissão vota hoje o relatório final.

Heinze leu seu voto em separado (espécie de contraponto ao relatório oficial da comissão). O texto continha críticas ao grupo chamado G7 e citava estudos sobre hidroxicloroquina e ivermectina. Ao fim da leitura, o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) pediu que Renan o inclua no relatório como indiciado pelas informações falsas disseminadas.

“O senador Luis Carlos Heinze é um homem respeitado no Rio Grande do Sul, o que ele fala repercute na vida das pessoas. Esta comissão, a ciência, os livros, a imprensa, todos já apresentaram um volume imenso de informações que mostra que esses dados que o senador repete aqui são falsos. Mas, infelizmente, o eleitor do Heinze lá no interior do Rio Grande do Sul vai entender que é verdadeiro, porque ele está abrindo a internet e está vendo o senador Heinze repetir todos os dias sem nenhuma reprimenda”, argumentou Alessandro.

Renan Calheiros acatou o pedido e disse que vai dar um “presente” a Heinze, o indiciando no relatório final. “Apesar das advertências, o senador Heinze reincidiu aqui todos os dias apresentando estudos falsos logo negados pela ciência. E pela maneira como incitou ao crime em todos os momentos, eu queria, nesta última sessão, dar um ‘presente’ a vossa excelência. O senhor será o octagésimo primeiro indiciado desta comissão parlamentar”, assegurou o relator.

Em seguida, Eduardo Girão (Podemos-CE), Jorginho Mello (PL-SC) e Fernando Bezerra (MDB-CE), colegas de Heinze no grupo dos governistas, tentaram evitar o indiciamento.

O relatório será votado ao final da leitura dos votos dos senadores. Acompanhe ao vivo:

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