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Política & Poder

Randolfe diz que resposta da CPI a Bolsonaro é “78 anos de prisão”

“O presidente tem a o direito de achar o que quiser; a história e o que vocês registraram ao longo desses dias mostra o que a CPI apurou”, declarou o vice-presidente

Willian Matos

26/10/2021 10h30

Foto: Agência Senado

O vice-presidente da CPI da Pandemia, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), falou sobre a descrença do presidente Jair Bolsonaro no relatório final da comissão. Randolfe disse que a resposta a Bolsonaro é “78 anos de prisão”.

O senador quis dizer que os indiciamentos propostos a Bolsonaro no relatório final podem levar o presidente a uma pena de 78 anos, caso os crimes indicados se confirmem. ” 78 anos de prisão é o que a CPI imputa a partir da coletânea concreta de provas. O presidente tem a o direito de achar o que quiser; a história e o que vocês registraram ao longo desses dias mostra o que a CPI apurou. O relatório final é coerente com isso”, declarou o vice-presidente do colegiado.

Para Randolfe, a atuação da CPI levou o governo federal a buscar vacinas contra a covid-19. “O conjunto do que foi apurado por essa CPI desvendou um esquema de corrupção, que o presidente da República era conivente, existente no Ministério da Saúde. A atuação dessa comissão parlamentar de inquérito forçou o governo do presidente Jair Bolsonaro a ir atrás de vacina, enquanto antes do dia 27 de abril, quando esta CPI começou, ele estava apenas defendendo cloroquina. Os fatos falam por si, o presidente tem direito à opinião que quiser.”

Perguntado sobre o fato de o relatório ser encaminhado à Procuradoria-Geral da República (PGR), cujo procurador-geral é Augusto Aras, que foi indicado por Bolsonaro, Randolfe disse que a CPI pode lançar mão de outros caminhos caso as indiciações não sejam analisadas imparcialmente.

“Eu quero acreditar que o senhor Augusto Aras é procurador-geral da República antes de ser aliado de quem quer que seja. Esperamos que ele atue como procurador-geral da República. Se não o fizer, existem outros caminhos na legislação penal do nosso país para nós levarmos o relatório à frente”, declarou.

A votação do relatório final ocorre hoje. Assista ao vivo:

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