Menu
Política & Poder

Renan Calheiros rebate Flávio Bolsonaro novamente

“Ele acha que não é criminoso e considera que é vagabundo toda a pessoa que o enfrenta”, disse Renan, classificando Flávio como “miliciano”

Redação Jornal de Brasília

17/05/2021 8h55

Renan Calheiros

Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

O embate entre os senadores Renan Calheiros (MDB-AM) e Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) continua. Na noite de domingo (16), Renan relembrou novamente o episódio ocorrido na CPI da Covid na semana passada, quando Flávio o chamou de “vagabundo”.

Em entrevista à GloboNews, Renan classificou Flávio como “miliciano” e disse que milicianos nunca acreditam que são criminosos.

“Eu aproveito a oportunidade para falar daquele episódio do xingamento de vagabundo. Isso é uma coisa da cultura do Rio de Janeiro. As pessoas que moram no Rio de Janeiro sabem que o miliciano tem uma cultura diferente. Ele nunca considera que é criminoso, que está cometendo dano à vida das pessoas, que está traficando, não. Ele acha que não é criminoso e considera que é vagabundo toda a pessoa que o enfrenta”, afirmou.

Renan se refere à época em que Flávio era deputado estadual no Rio e contratou mãe e esposa de um homem suspeito de integrar uma milícia no estado. O filho do presidente Jair Bolsonaro também já chegou a homenagear supostos milicianos.

Relator da CPI da Covid, Renan também falou sobre a postura do governo Bolsonaro em relação à comissão, que investiga os feitos durante a pandemia. “O governo não tem argumentos, vive só de agredir, de xingar, de provocar, em um esforço diário para tirar a CPI do seu roteiro e para colocar, na discussão que cada vez mais convence a sociedade, uma discussão emocional, de alguém que tenta de todas as formas minimizar o debate que fazemos ali na CPI”, disparou o senador.

A discussão entre Renan e Flávio ocorreu no dia em que era ouvido o ex-secretário de Comunicação Fábio Wajngarten, alguém muito próximo de Bolsonaro no primeiro ano de governo. Wajngarten mentiu em algumas questões, e as declarações deram a entender que o governo se omitiu em meio à compra de vacinas. Calheiros firmou que o filho do presidente chegou à CPI “apavorado” naquele dia e que agrediu verbalmente o relator da comissão “para o pai postar” o vídeo nas redes sociais logo em seguida.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado