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Política & Poder

‘Presidirei todas as sessões’, diz titular da comissão da qual Daniel Silveira é vice

“Como temos uma comissão que funcionará por pouco tempo, pretendo presidir todas as sessões até o recesso branco”, diz ele

FolhaPress

30/04/2022 11h40

aluisio mendes

Foto: Câmara dos Deputados

Fábio Zanini

O presidente da Comissão de Segurança Pública da Câmara, Aluisio Mendes (PSC-MA), diz que presidirá todas as sessões, restringindo o espaço para o vice, Daniel Silveira (PTB-RJ), ter ingerência sobre o colegiado.

“Como temos uma comissão que funcionará por pouco tempo, pretendo presidir todas as sessões até o recesso branco”, diz ele, em referência ao período da campanha eleitoral, em que o Congresso fica esvaziado.

Menos de uma semana após ser perdoado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), Silveira foi eleito vice-presidente da comissão na quarta-feira (27) em votação que demorou para ser concluída pela dificuldade de conseguir o quórum para eleger a chapa.

“O Daniel Silveira é uma questão do partido dele. Se me fosse perguntado, eu teria uma outra opção. Mas o PTB é o dono da vaga, e até onde eu sei, o deputado está no pleno gozo das suas prerrogativas”, afirma Mendes.

A estreia do novo comando já deve ser ruidosa. Na pauta, há projetos polêmicos como o das deputadas Sâmia Bonfim (PSOL-SP), Luiza Erundina (PSOL-SP) e Fernanda Melchiona (PSOL-RS), que prevê a criação de zonas de proteção em torno de locais onde são realizados abortos legais ou atendimento a vítimas de violência sexual.

A proposta é uma resposta ao assédio sofrido por uma criança de 11 anos no Recife, no qual investiga-se a participação de integrantes do governo do presidente Jair Bolsonaro.

Outro projeto na pauta é o 5417/2020, de autoria de Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que autoriza a veiculação de propagandas de armas de fogo em qualquer mídia.

Mendes diz que a pauta foi feita pela assessoria da comissão, utilizando como critério os projetos mais antigos sem movimentação. “Não vamos fazer a questão do Daniel Silveira um cavalo de batalha para prejudicar a população que está esperando a aprovação desses projetos”, diz. Ele acredita que, embora possa haver embates, haverá maturidade dos integrantes da comissão para aprovar projetos em torno dos quais há consenso.

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