Depois de alterar o estatuto, ceder diretórios e até mudar o próprio nome do partido para ter Jair Bolsonaro (PSC-RJ) como candidato, o presidente do Partido Ecológico Nacional (PEN), agora PEN-Patriotas, Adilson Barroso, disse estar aliviado com a ida do político para o Partido Social Liberal (PSL).
O deputado assinou uma nota em conjunto com o presidente do PSL, Luciano Bivar, e a divulgação aconteceu no fim da tarde desta sexta-feira (5).
Barroso disse ter feito “das tripas coração” para agradar Bolsonaro, mas criticou a ambição dele de, nas palavras do dirigente do PEN, “tomar a legenda inteira”. As exigências do presidenciável para concorrer em 2018 pela sigla, dentre elas a proibição de coligar com partidos considerados de esquerda, criaram rachas internos.
Apesar de o PSL ter “roubado” Bolsonaro, o partido também sofreu problemas internos com a chegada do polêmico candidato. O mais severo foi a desfiliação do grupo Livre, um movimento interno de tendência libertária, que controlava 12 diretórios estaduais e era responsável pelo grosso da movimentação de filiados.
O Estado de S. Paulo obteve um comunicado emitido pelo filho do presidente do PSL, Sérgio Bivar, em que ele revela pesar pelo desligamento do grupo e critica o próprio pai por ter negociado com o Jair “à revelia de acordos internos.”