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Política & Poder

Presidente interina da Câmara de SP publica mensagem que defende golpe contra Lula

Desde domingo (30), após a derrota de Jair Bolsonaro (PL), apoiadores do atual presidente têm feito manifestações de cunho golpista

FolhaPress

01/11/2022 17h51

Reprodução/TV Globo

Guilherme Seto
São Paulo, SP

Presidente interina da Câmara Municipal de São Paulo, a vereadora Rute Costa (PSDB) publicou mensagem em suas redes sociais em que defende golpe contra o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Desde domingo (30), após a derrota de Jair Bolsonaro (PL), apoiadores do atual presidente têm feito manifestações de cunho golpista. Até a noite desta segunda, foram mais de 300 bloqueios em estradas de 25 estados e no DF.

“Se ele já foi descondenado ele também pode ser deseleito”, diz a mensagem compartilhada por Rute Costa, que é filha do pastor José Wellington, líder da Assembleia de Deus no Brasil.

Ela é vice-presidente da Câmara Municipal e ocupa a presidência interinamente. Milton Leite (União Brasil), o presidente, comanda a Prefeitura de São Paulo no lugar de Ricardo Nunes (MDB) até sábado (5), quando o titular volta de Portugal, onde participa de um evento na área de tecnologia.

Em nota, ela disse à coluna Painel, da Folha de S.Paulo, que entende que medidas da Justiça eleitoral e da “mídia brasileira” excluíram da disputa qualidades imprescindíveis a uma democracia, como equidade e impessoalidade.

“Para significativa parcela do eleitorado brasileiro o processo eleitoral foi desequilibrado, aferindo significativa vantagem ao candidato eleito, por margem muito pequena”, escreve.

Por isso, afirma a vereadora, “a mesma Justiça que ‘descondenou’ o ex-presidente Lula, anulando o processo por questão processual outras muitas vezes já debatida e rechaçada, deveria agir com energia e retidão, reconhecendo as deficiências e injustiças do processo eleitoral de 2022, anulando, portanto, ‘deselegendo’ este que foi proclamado vencedor do escrutínio eleitoral e decretando um novo segundo turno com igualdade de condições”.

Caso isso não aconteça, argumenta, o Brasil estaria atestando “complacência com a desonestidade e referendando um processo eleitoral maculado pelo desequilíbrio de forças”.

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