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Política & Poder

Presidente da Câmara se mostra a favor da vacinação na iniciativa privada

“Talvez algumas regras, por dois, três meses, tinham que ser modificadas”, declarou Lira, ao defender a compra de vacinas por parte de empresários

Willian Matos

31/03/2021 11h43

Foto: Reprodução

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), demonstrou nesta quarta-feira (31) ser a favor de que a iniciativa privada compre vacinas contra a covid-19. Lira disse que “não há conflito de interesses” e que, neste momento, algumas regras “tinham que ser modificadas”.

O presidente da Câmara ressaltou que a crise é “tanto sanitária quanto econômica” e afirmou sobre a possibilidade de a iniciativa privada comprar vacinas e imunizar seus funcionários. “Não há conflito de interesses. O Ministério da Saúde já tem mais de 500 milhões de doses. A iniciativa privada talvez, nesse momento, possa ter uma agilidade por outros caminhos que possam trazer outras vacinas para o Brasil”, declarou Lira. “Qualquer brasileiro vacinado é um a menos na estatística que pode correr risco de contrair o vírus.”

Lira reforçou a importância de se trabalhar em prol do Sistema Único de Saúde (SUS), mas declarou que, no atual cenário, algumas regras “tinham que ser modificadas”. Nós temos que avançar no sentido de dar maior cobertura, ajudar as políticas públicas, fortalecendo o SUS, mas, essencialmente, nós estamos no momento de guerra que vale tudo para salvar vidas. Talvez algumas regras, por dois, três meses, tinham que ser modificadas, mas no interesse de um debate amplo, transparente”, disse.

O presidente pediu ainda que o Ministério da Saúde seja mais rígido no controle da vacinação do país. Sem insinuar fraudes, Lira citou que, de 34 milhões de doses de vacinas distribuídas pelo Ministério da Saúde aos estados e municípios, apenas 18 milhões foram aplicadas.

“Eu não acho que seja possível que nenhum governador, nenhum prefeito, não esteja vacinando. Nós estamos com um déficit de quase 14 milhões de vacinas nos gráficos oficiais”, declarou Lira. “A nossa solicitação é que o Ministério da Saúde forme urgentemente um grupo ainda mais rígido de controle desses dados”, prosseguiu.

Ressalta-se que, no início da vacinação no Brasil, a recomendação era de que os estados guardassem metade do quantitativo das doses recebidas para aplicação da segunda dose. Somente no início desse mês o Ministério da Saúde mudou sua posição, pedindo que todos os frascos recebidos sejam aplicados de uma vez.

A declaração de Lira veio logo após a reunião do comitê contra a covid-19, criado na semana passada pelo governo federal, um ano após a pandemia assolar o país. O presidente Jair Bolsonaro participou do encontro. Antes de Lira, teve a palavra o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG). Os presidentes, no entanto, não apresentaram medidas efetivas de combate à doença, mas ressaltaram a produtividade do evento.

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