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Política & Poder

Pré-candidato ao GDF, Alexandre Guerra, defende uma reorganização da política na capital

Arquivo Geral

05/06/2018 22h41

Foto: Rodrigo Eneas

Camila Costa
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Com discurso de renovação política, resgate de ideais e de lutas por propósitos coletivos sem vantagens individuais, o pré-candidato ao Governo do Distrito Federal (GDF) Alexandre Guerra (Novo) defendeu, na noite dessa terça-feira (5), durante sabatina de pré-candidatos ao GDF, uma reorganização da política no DF. Sozinho no barco das alianças no DF, o Novo enfrentará dificuldades diante a ousadia das propostas, mas pretende reformular o jeito de governar para conseguir gerir a cidade, sem precisar usar a prática do troca do troca dentro da estrutura do estado. Contrário a doação de recursos públicos e com pouco tempo de televisão – terá entre 7 e 10 segundos no rádio e na televisão durante a campanha eleitoral -, Alexandre Guerra quer convencer a população na base do boca a boca.

Há pouco mais de dois anos no partido, Alexandre dedicou a vida ao empreendedorismo. É herdeiro da rede de fest-food Giraffas, nasceu em São Paulo, mas veio para a capital federal ainda pequeno por conta da vida política do avô, o ex-senador pernambucano Marcos Freire. Foi desta relação familiar, segundo Guerra, que vem a vontade de trazer de volta a “política à serviço da sociedade.” Para conseguir isso, Guerra lança mão de propostas inovadoras, como a não reeleição de deputados distritais por mais de dois mandatos – hoje não existe limite -; a redução de pelo menos metade dos cargos comissionados do GDF; a proibição de indicação política por parte dos deputados distritais para cargos no governo e o corte em empresas estatais e órgãos do DF como a Terracap e a Companhia do Metropolitano (Metrô).

As medidas garantiriam economia ao Executivo e permitiria, segundo Guerra, administrar possíveis problemas futuros como a falta de recursos para arcar com a folha de pagamento dos servidores. “Temos 17 mil cargos comissionados, pessoas indicadas politicamente, nas secretarias, nas RAs, e muitos nomes vindos da Câmara Legislativa. Tem cidade que as pessoas falam o nome do político que manda. Se tirarmos metade disso teremos um alívio de caixa de mais de R$ 300 milhões ao ano. A Terracap dá um prejuízo de R$ 400 milhões ao ano. O Metrô dá prejuízo porque não consegue cobrir seu custo de operação. Ou seja, tem vários caminhos, mas tem que reorganizar.”

O pré-candidato foi questionado sobre segurança, saúde, trânsito. Afirmou que fará integração das polícias no DF , a partir de um novo modelo de gestão para a pasta de Segurança e Paz Social. “Assim como outras secretarias, a de Segurança não tem governança. São pastas com atribuições repetidas e que precisamos avançar. Realocar policiais, diferentemente em casa região, os que estão em função administrativa, irem para a rua, sempre de acordo com onde é mais violento”, ponderou. Sobre a pasta da saúde, Guerra defendeu a quebra dos modelos existentes de licitação. “Há corrupção em compra de medicamentos”, alfinetou.

O pré-candidato defendeu ainda o andamento de temas como Plano Diretor de Ordenamento Territorial (Pdot) e a Lei de Uso e Ocupação do Solo (Luos). Citou o crescimento de Águas Claras e a falta de regularização em Vicente Pires como exemplos de falta de planejamento. “Tem que pensar e caminhar com esses assuntos, fazer um novo plano territorial e planejar em termos de crescimento populacional.” A sabatina foi a segunda realizada pela Universidade Católica de Brasília (UCB). O próximo pré-candidato ao GDF da lista é o deputado federal Izalci Lucas (PSDB).

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