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Política & Poder

Polícia de SP abre inquérito para apurar ato do MST na Bayer após pedido do MBL

O inquérito foi aberto em 25 de junho após solicitação do Ministério Público de São Paulo, que foi acionado pelo MBL (Movimento Brasil Livre)

FolhaPress

08/07/2022 17h42

Fábio Zanini
São Paulo, SP

A Polícia Civil de São Paulo instaurou inquérito civil para apurar um protesto do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) contra a produção e o uso de agrotóxicos na agricultura do país na sede da Bayer em Jacareí (90 km de São Paulo) em 11 de junho.

O inquérito foi aberto em 25 de junho após solicitação do Ministério Público de São Paulo, que foi acionado pelo MBL (Movimento Brasil Livre).

O vereador Rubinho Nunes (União Brasil-SP), um dos líderes do MBL, foi quem tomou a iniciativa, acompanhado de Amanda Vettorazzo e Guto Zacarias.

A abertura do inquérito foi solicitada pelo promotor Fernando Cezar Bourgogne de Almeida e a investigação tem sido tocada pelo 8º Distrito Policial de São José dos Campos.

Formado por cerca de 100 manifestantes da Juventude Sem Terra, o protesto envolveu a queima de pneus próxima a uma estrutura com o símbolo da Bayer, pichação de paredes e um ato na entrada da sede da empresa..

Na peça, os membros do MBL argumentam que o MST cometeu crimes ao invadir a propriedade da empresa e expor pessoas a perigo após causar incêndio.

Além disso, eles dizem que o movimento pode ser enquadrado como uma organização criminosa.

“O MST atua como uma corja de cangaceiros, semeando terror e caos por onde passa. Há anos seus atos criminosos chocam, mas passam impunes pela leniência política. Esse tempo acabou”, diz Nunes.
Em nota, o MST-SP diz não ter conhecimento sobre qualquer inquérito aberto envolvendo “ato pacífico ocorrido durante a Jornada Nacional da Juventude Sem Terra em junho”.

“A manifestação é direito assegurado pela Constituição e na ocasião citada, os jovens denunciaram a tramitação acelerada do Pacote do Veneno (PL 6299/2002) no Congresso e o conluio estabelecido com grandes empresas produtoras de agrotóxicos, como é o caso da Bayer que em 2018 adquiriu a Monsanto”, continua.

“A empresa integra o Sindicato Nacional de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg) que atua como lobista para liberação de mais agrotóxicos, vários deles causadores de muitas doenças e câncer, desovando no Brasil, os produtos que são proibidos e banidos nos seus países de origem, como é o caso do glifosato”, conclui o MST.

À época, a Bayer emitiu nota em que condenou os danos causados pela manifestação. A empresa ainda disse entender as preocupações dos manifestantes, mas defendeu o uso dos defensivos agrícolas.

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