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Política & Poder

PF investigará bolsonarista que lambeu arma, pediu golpe e ameaçou Lula

A solicitação foi apresentada depois de o homem lamber o cano de uma escopeta e pedir para o atual chefe do Executivo dar um golpe de Estado

FolhaPress

30/09/2022 13h03

Foto: Polícia Federal/ Divulgação

WEUDSON RIBEIRO
BRASÍLIA, DF

O delegado da Polícia Federal Andrei Passos, responsável pela segurança do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), enviou nesta sexta-feira (30) à Superintendência da corporação em São Paulo um pedido para que o empresário bolsonarista José Sabatini, 71, seja investigado por ameaça contra o petista.

A solicitação foi apresentada depois de o homem lamber o cano de uma escopeta e pedir para o atual chefe do Executivo dar um golpe de Estado se for reeleito, segundo vídeos publicados em redes sociais.

O inquérito será instaurado após manifestação do advogado Cristiano Zanin, que representa o candidato do PT junto à PF. A Polícia Civil também investiga o caso. Na quarta-feira (28), o DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa) apreendeu duas armas na casa do empresário.

A PF cuida também de outros três pedidos de instauração de inquérito feitos por Andrei Passos. Uma das denúncias foi feita contra o empresário bolsonarista Luiz Henrique Crestani, que praticou tiro ao alvo em uma imagem do petista.

“Qual que é o ladrão? Estou na dúvida. Vamos ver onde a arma pega”, disse Crestani, em vídeo publicado em seu perfil do Instagram, antes de disparar uma série de tiros com uma espingarda contra a foto do ex-presidente.

Outro pedido teve como alvo um homem identificado como Irony Alves de Paula Junior, que lamentou que a vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, não tenha morrido após tentativa de assassinato pelo brasileiro Fernando Andrés Sabag Montiel, e defendeu usar uma Taurus para matar Lula, chamado por ele de “sapo barbudo”. Uma terceira solicitação refere-se ao autor de uma publicação em redes sociais que afirmou que mataria petistas.

Todos os presidenciáveis têm direito à proteção por agentes da PF. A exceção é o presidente Jair Bolsonaro (PL), que conta com proteção do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) da Presidência da República.

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