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Política & Poder

Para PF, dinheiro para dossiê pode ser de caixa 2

Arquivo Geral

27/09/2006 0h00

O avanço das investigações sobre a negociação de um dossiê com supostas informações contra candidatos do PSDB tem levado os envolvidos na apuração do caso a acreditarem, order thumb cada vez mais, que os recursos que seriam usados na compra dos documentos tenham origem num eventual caixa dois do PT.

A afirmação foi dada ontem por dois policiais ligados à apuração, sob a condição de terem seus nomes mantidos sob sigilo. Para um deles, a principal fundamentação da linha de apuração é a proximidade dos envolvidos com a direção do PT e com o comitê de campanha à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"São pessoas muito próximas à direção do partido e da campanha", argumentou. O informante lembra que, conforme as investigações feitas até agora, dois dos principais envolvidos na negociação, Jorge Lorenzetti e Oswaldo Bargas, eram intimamente ligados à coordenação da campanha de Lula.

Outro citado, Freud Godoy, tinha bom trânsito na direção do PT e trabalhava como assessor especial da Presidência da República. Já o advogado Gedimar Passos, preso em São Paulo com cerca de R$ 1,7 milhão, juntamente com o empresário Valdebran Padilha– também trabalhava no comitê de reeleição do presidente.

Além deles, foi envolvido no escândalo o diretor do Banco do Brasil, Expedito Veloso, afastado de suas funções, que também atuava no comitê da campanha. Outro policial que participa dos levantamentos atribui à desconfiança sobre as finanças do partido ao afastamento do então coordenador nacional da campanha, deputado Ricardo Berzoini (SP), que é presidente do PT.

No dia 20 de setembro, mesma data em que deixou a coordenação da campanha de Lula, Berzoini afirmou não ter "nenhum envolvimento nessa história" do chamado "dossiê Serra". "O afastamento do coordenador do comitê já é um indício bastante relevante da ligação do partido com os envolvidos. Ainda não podemos descartar que o dinheiro apreendido seja do PT", argumentou o policial.

Nesta terça, Lorenzetti, Bargas, Freud, Expedito, Gedimar e Valdebran tiveram suas prisões decretadas pela Justiça Federal de Mato Grosso. Todos teriam participado de maneira direta ou indireta da negociação de documentos contra os candidatos tucanos à Presidência da República, Geraldo Alckmin, e ao governo de São Paulo, José Serra, com o empresário Luiz Antônio Trevisan Vedoin.

Dono da empresa Planam, Vedoin é acusado de ser o chefe da chamada Máfia das Ambulâncias.

 

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