Willian Matos
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A Polícia Federal realiza nesta quinta-feira (19) uma operação no Congresso Nacional. O alvo é o líder do governo de Jair Bolsonaro (PSL) no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE).
Bezerra Coelho é investigado por possível desvio de dinheiro público quando ainda era ministro da Integração Nacional, no governo Dilma Rousseff (PT). Segundo informações do inquérito, a suspeita é de que dinheiro de contratos superfaturados ou fictícios de obras vinculadas à pasta tenha sido desviado para campanhas dos políticos. Quatro empresas (OAS, Constremac, Barbosa Mello e S.A Paulista) estariam envolvidas.
Desintegração
A operação foi batizada como Desintegração. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, autorizou os mandados de busca e apreensão — 52 ao todo.
Instaurada em 2017, a investigação teve início com a delação premiada de dois empresários presos na operação Turbulência. Deflagrada em 2016, a ação prendeu donos do avião que caiu com o ex-governador pernambucano Eduardo Campos.
Além de Brasília e do Recife, os mandados são cumpridos em Petrolina, e nos estados do Ceará, da Paraíba e de São Paulo. A investigação envolve delações premiadas de doleiros e empresários.
Coelho Filho
Filho de Bezerra Coelho, o deputado Fernando Coelho Filho (DEM-PE, foto abaixo), também é investigado.
Defesa
Em nota, o advogado de defesa de Fernando Bezerra Coelho, André Callegari, afirmou que as medidas se referem a “fatos pretéritos” e que a justificativa seria a “a atuação política e combativa do senador”.
“Causa estranheza à defesa do senador Fernando Bezerra Coelho que medidas cautelares sejam decretadas em razão de fatos pretéritos que não guardam qualquer razão de contemporaneidade com o objeto da investigação. A única justificativa do pedido seria em razão da atuação política e combativa do senador contra determinados interesses dos órgãos de persecução penal”, disse.
Com agências