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Política & Poder

Operação da PF leva organizações a anteciparem campanha por Bolsonaro inelegível

Intitulada “Tá Na Hora do Jair”, a mobilização é promovida por 15 entidades e se propõe a entregar à corte eleitoral “a maior petição da história do Brasil”

FolhaPress

03/05/2023 21h49

MÔNICA BERGAMO
SÃO PAULO, SP

A operação de busca e apreensão realizada pela Polícia Federal na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) levou organizações da sociedade civil a anteciparem uma campanha que pressionará o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) a declarar a inelegibilidade do ex-mandatário.

Intitulada “Tá Na Hora do Jair”, a mobilização é promovida por 15 entidades e se propõe a entregar à corte eleitoral “a maior petição da história do Brasil”. Um texto que será veiculado junto ao site que coletará as assinaturas cita os ataques às urnas promovidos por Bolsonaro em reunião com embaixadores, ocorrida no ano passado, e os atos golpistas de 8 de janeiro como motivos para a inelegibilidade, entre outros casos.

Precisamos agir agora. Quem tentou destruir o jogo não pode voltar ao campo”, afirmam as organizações. “Os ministros [do TSE] podem iniciar a votação a qualquer momento. Precisamos mostrar a eles que o povo brasileiro quer se ver livre de Bolsonaro de uma vez por todas”, completam.

A lista de articuladores da campanha reúne desde o Instituto Vladimir Herzog à Abrasco (Associação Brasileira de Saúde Coletiva) e ao MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto). A coleta de assinaturas deve ser iniciada ainda nesta quarta-feira (3).

Segundo a PF, Bolsonaro tinha ciência da inserção fraudulenta dos dados no sistema do Ministério da Saúde. A polícia cita como indícios do conhecimento do ex-presidente o fato de o seu certificado de vacinação ter sido emitido nos dias 22 e 27 de dezembro desde o Palácio do Planalto.

Em decisão que autorizou a busca e apreensão nesta quarta-feira, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes disse não ser crível que o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenha articulado o esquema à revelia e anuência do então chefe do Executivo.

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