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Política & Poder

Nova pressão por uma CPI

O pedido para abertura da CPI da Lava Jato foi protocolado no último dia 9 e está em fase de coleta de assinaturas

Redação Jornal de Brasília

24/02/2021 6h16

Hylda Cavalcanti
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As informações do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Antonio Dias Toffoli, de que inquérito que tramita naquele Tribunal identificou financiamentos estrangeiros para campanhas de ataques virtuais à democracia e às instituições do país, por parte de blogueiros de direita, irritou vários parlamentares.

As apurações, segundo Toffoli, estão sendo feitas no âmbito da ação sobre fake news, mas deputados e senadores acham que também é preciso apurar se o apoio dado por várias entidades internacionais aos procuradores da força-tarefa da Lava Jato não coincide com as que ajudaram os blogueiros.

Muitos deles se manifestaram nos últimos dias ampliando os pedidos para instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Congresso, da Lava Jato, com o objetivo de apurar erros e condutas ilegais da operação e checar estes financiamentos.

O pedido para abertura da CPI da Lava Jato foi protocolado no último dia 9 e está em fase de coleta de assinaturas.“Já tínhamos denúncia sobre esse financiamento externo no âmbito da Lava Jato e temos as mensagens divulgadas nos últimos dias, que mostram uma ação articulada e seletiva para prejudicar vários políticos e ajudar na eleição de Bolsonaro. Agora podem aparecer provas que jogarão luz não apenas sobre as fake news, mas também no verdadeiro reforço que os procuradores receberam de instituições internacionais”, afirmou o senador Rogério Carvalho (PT-SE).

Financiadores

“Precisamos apurar quem são os financiadores e financiados, quem está por trás deles e quais os seus interesses”, acrescentou. Segundo Carvalho, uma CPI da Lava Jato precisa focar, sobretudo, nos acordos de leniência e nas colaborações de órgãos internacionais firmados pela força-tarefa da Lava Jato.

O deputado federal Marcelo Freixo (Psol-RJ) considerou, a partir da informação dada pelo ministro, que “a democracia está sendo sitiada”. Para ele, os financiamentos constituem em “grave ataque à soberania”.

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