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Política & Poder

“Não participei de nenhuma negociação”, afirma Ricardo Barros

Segundo Miranda, foi o nome de Barros dito por Bolsonaro quando ele e o irmão foram ao chefe do executivo falar sobre erros no contrato

Geovanna Bispo

26/06/2021 11h05

Foto: Agência Brasil

O deputado Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara dos Deputados, negou em redes sociais envolvimento em negociações para compra da vacina indiana Covaxin. O deputado foi citado na noite passada pelo colega Luís Miranda (DEM), em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), sobre supostamente ser o responsável pelas irregularidades no contrato de compra do imunizante.

Segundo Miranda, foi o nome de Barros dito pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) quando ele e o irmão, o chefe de importação do Departamento de Logística em Saúde do Ministério da Saúde, Luís Ricardo Miranda, foram ao chefe do executivo falar sobre erros no contrato e pressão sofrida pelo servidor para compra do imunizante.

“O presidente entendeu a gravidade. Olhando os meus olhos, ele falou: ‘Isso é grave’. Não me recordo do nome do parlamentar, mas ele até citou um nome para mim, dizendo: ‘Isso é coisa de fulano’. E falou: ‘Vou acionar o diretor-geral da Polícia Federal porque, de fato, Luis, isso é muito grave”, contou o deputado em depoimento.

Foram mais de sete horas de depoimento até que Miranda falasse o nome de Barros. Desde o início do relato, Luís afirmava não lembrava quem Bolsonaro havia dito, porém após muita pressão dos senadores, ele cedeu.

“Também não é verdade que eu tenha indicado a servidora Regina Célia como informou o senador Randolfe. Não tenho relação com esse fatos”, complementou o deputado. Regina Célia Silveira Oliveira foi citada por Luís Ricardo Miranda como pessoa que deu aval ao avanço na papelada do imunizante indiano, mesmo a área de importação apontando problemas no contrato.

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