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Política & Poder

‘Muitos veem a democracia como um defeito’, diz Pacheco

As declarações do presidente do Congresso ocorrem no momento em que investigação da Polícia Federal sobre suspeita de uma tentativa de golpe

Redação Jornal de Brasília

05/03/2024 21h21

Foto: Reprodução/ Agência Senado

Brasília e São Paulo, 05 – O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse nesta terça-feira, 5, que a democracia é vista como um defeito por muitos brasileiros e que os atos golpistas em Brasília foram “um sinal de alerta”. “Muitos, lamentavelmente, ainda veem a democracia como um defeito no nosso país. No dia 8 de janeiro tivemos a mais dura aula na escola da democracia desde a Constituição de 1988”, afirmou Pacheco durante a cerimônia de entrega de medalhas comemorativas dos 200 anos do Senado.

O parlamentar também comparou a democracia com uma vacina. “Pensávamos que a nossa sociedade havia sido vacinada contra o vírus do autoritarismo. Mas, assim como nas vacinas, o antígeno da democracia precisa sempre estar sendo renovado”, declarou ele no evento, realizado no Salão Negro do Congresso. A solenidade contou com a presença de diversos parlamentares e ex-presidentes do Senado.

As declarações do presidente do Congresso ocorrem no momento em que investigação da Polícia Federal sobre suspeita de uma tentativa de golpe de Estado avança sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro e militares aliados do ex-chefe do Executivo federal.

Ato

Nesta segunda, 4, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva também falou sobre o assunto. Segundo o petista, o ato convocado por Bolsonaro, na Avenida Paulista, no dia 25 de fevereiro, mostrou que seu antecessor teme sanções na Justiça a partir do inquérito que apura tentativa de ruptura institucional após a eleição de 2022.

“A verdade nua e crua é que esse cidadão tentou dar um golpe neste país”, disse Lula durante discurso de abertura na 4.ª Conferência Nacional de Cultura, em Brasília.

Bolsonaro chamou o ato na Paulista após a deflagração da Operação Tempus Veritatis, da PF, que mira “organização criminosa” suspeita de agir contra o estado democrático de direito. Ele teve o passaporte apreendido e ex-ministros militares foram alvo de buscas. Lula declarou que o ex-presidente “sabe que fez burrice” e, por isso, mobilizou apoiadores para a manifestação na capital paulista.

Na segunda-feira, o advogado de Bolsonaro, Fábio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação do governo, rebateu as declarações do presidente. “Quanto mais o Lula fala do presidente Jair Bolsonaro, mais eu constato que estamos no caminho correto. O desespero transborda”, disse ele no X (antigo Twitter).

Estadão Conteúdo

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