O subprocurador-geral do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) Lucas Furtado pediu, nesta terça-feira (10), o bloqueio das contas bancárias do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A medida vem em razão dos atos extremistas registrados em Brasília no domingo (8).
No ofício, encaminhado ao presidente do TCU, Bruno Dantas, Lucas Furtado também pede a realização de oitiva da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal para identificar agentes públicos que teriam responsabilidade em relação aos atos extremistas. Furtado cita que o episódio de “vandalismo” “provocou inúmeros prejuízos ao erário federal”.
O pedido de bloqueio de bens também se estende ao governador Ibaneis Rocha e do ex-secretário de Segurança Pública Anderson Torres. “bem como de outros responsáveis, sobretudo de financiadores de mencionados atos ilegais”.
Mais cedo, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) saiu em defesa do pai, que está em Orlando, na Flórida (EUA). Ao votar contrário à autorização da intervenção federal no DF para apurar os atos ocorridos no domingo, Flávio disse que não há vínculo entre Bolsonaro e o terrorismo cometido por bolsonaristas, e que o ex-presidente jogou “dentro das quatro linhas da Constituição”.
O voto do senador foi vencido, e a intervenção, aprovada.
Bolsonaro teve de ser internado ontem, em Orlando. O ex-presidente não citou o que levou a internação, mas mencionou o golpe de faca sofrido em 2018, durante campanha nas eleições daquele ano, que o obrigou a passar por novas cirurgias. “Desde a última, por duas vezes tive aderências que me levaram a outros procedimentos médicos. Ontem, nova aderência e baixa hospitalar”, escreveu, no Twitter.