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Política & Poder

Mourão diz que TSE foi “parcial” nas eleições

Ainda assim, Mourão não citou a própria eleição. Hamilton foi eleito senador pelo Rio Grande do Sul com 44,11% dos votos válidos

Redação Jornal de Brasília

23/11/2022 15h00

Foto: Reprodução

Após encontro com o presidente da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Zacarias da Costa, em Portugal, o vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) afirmou que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) teria sido “parcial” nas eleições, além de não ter legitimidade para validar, sozinho, o pleito.

“Não basta, pura e simplesmente, respostas lacônicas do nosso Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no sentido de contestar eventuais, vamos dizer assim, denúncias ou argumentações sobre o processo [de votação]. Nó teremos que evoluir”, disse Mourão.

O vice-presidente ainda legitimou as desconfianças com o resultado das eleições, que elegeram Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e, consequentemente, os movimentos contrários a ele. “Há, no Brasil, uma parcela da nossa sociedade que considera que o processo tem problemas. E eu, de minha parte, vejo que precisamos ter que dar mais transparência nesse processo”, afirmou.

Ainda assim, Mourão não citou a própria eleição. Hamilton foi eleito senador pelo Rio Grande do Sul com 44,11% dos votos válidos.

PL e Bolsonaro

Na tarde de ontem (22), o presidente nacional do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, protocolou uma Representação Eleitoral para Verificação Extraordinária no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) solicitando que os votos de cinco modelos de urnas eletrônicos produzidos antes de 2020 fossem anulados no 2º turno das eleições.

No documento de 33 páginas, que tem como base uma auditoria independente feita pelo Instituto Voto Legal, o partido afirma que houve “desconformidades irreparáveis no funcionamento das urnas”.

A representação é assinada pela Coligação pelo Bem do Brasil, composta pelo Partido Liberal (PL), Republicanos e Progressistas, partidos apoiadores do presidente da República não reeleito Jair Bolsonaro (PL).

O relatório aponta que “desconformidades irreparáveis de mau funcionamento das urnas com potencial para macular o segundo turno das eleições presidenciais de 2022”.

Sendo assim, o partido pede para que os votos de 250 mil urnas sejam anulados. De acordo com a auditoria, na verdade, Bolsonaro teria recebido 51,05% dos votos no segundo turno contra Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

TSE

Pouco após a entrega do pedido, o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, deu o prazo de 24 horas para a sigla apontar se as falhas também teriam prejudicado o primeiro turno das eleições. No primeiro dia de votação, o partido elegeu a maior bancada no Congresso Nacional e governadores ligados a Bolsonaro.

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