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Política & Poder

Motoboy se recusa a entregar celular à CPI

Advogados estão tentando intervir no depoimento de Ivanildo, chegando a puxar o microfone no momento das respostas

Willian Matos

01/09/2021 11h41

Foto: Pedro França/Agência Senado

O motoboy Ivanildo Gonçalves depõe à CPI da Pandemia nesta quarta-feira (1º). Ivanildo passou a ser considerado pelos senadores peça importante após o Jornal de Brasília revelar que ele sacou R$ 4,7 milhões em favor da VTCLog. Durante o depoimento, os advogados têm interferido nas respostas do motociclista.

O relator Renan Calheiros (MDB-AL) perguntou se Ivanildo poderia ceder o celular rapidamente aos senadores para que conversas fossem analisadas. Inicialmente, o motoboy disse que sim. De imediato, um dos advogados falou com Ivanildo, e ele voltou atrás, dizendo que havia se enganado na resposta. Por fim, ele acabou não cedendo o aparelho de telefone.

Os advogados têm falado com Ivanildo a cada pergunta feita pelos senadores. Em uma das respostas, um dos defensores chegou a afastar o microfone para evitar a captação da conversa. Isso acabou irritando o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), que pediu o fim das intervenções.

Até o momento, Ivanildo disse que entrou na VTCLog em março de 2009. Sempre foi motoboy. Alega que tinha a confiança dos superiores. Ganha R$ 1,7 mil e afirma não ter gratificações por fora. Disse que quem determinava os saques era a funcionária Zenaide Sá Reis, do departamento financeiro da empresa. Fazia o saque na boca do caixa e pagava boletos na mesma agência. Quando sobrava algum valor, devolvia à Zenaide. “Uma vez eu saquei um valor de 400 e poucos mil na boca do caixa”, disse o motoboy. Fazia os saques na Caixa Econômica do Aeroporto de Brasília.

A sessão segue. Assista ao vivo:

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