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Política & Poder

Médica diz que profissionais não querem trabalhar no Ministério

Luana Araújo acredita que “polarização esdrúxula” e “politização incabível” têm feito com que profissionais recusem atuar na pasta

Willian Matos

02/06/2021 10h40

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

A médica infectologista Luana Araújo, ex-secretária extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, declarou à CPI da Covid nesta quarta-feira (2) que profissionais estariam deixando de trabalhar no Ministério da Saúde devido a uma suposta polarização política.

Luana declarou que, ao ser anunciada pelo ministro Marcelo Queiroga, tentou montar uma equipe para a Secretaria Executiva. “Eu procurei dentro e fora do Ministério”, disse a médica. “Infelizmente, por tudo que vem acontecendo, por essa polarização esdrúxula, essa politização incabível, os melhores talentos que a gente têm para trabalhar dentro destas áreas não estavam exatamente à disposição”, prosseguiu.

O presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), perguntou: “Não estavam à disposição ou não queriam trabalhar?”. Luana respondeu: “Não queriam trabalhar”. “Eles diziam ‘Tenho outras coisas que me são mais interessantes neste momento'”, relatou a profissional.

“Nós temos cérebros incríveis dentro deste país. Eu abri mão de muitas coisas pela chance de ajudar o meu país. Não precisava fazer isso, mas fiz e estou aqui agora”, finalizou Luana.

A médica infectologista foi anunciada por Queiroga no dia 12 de março deste ano. Chegou a trabalhar, mas, dez dias depois, foi dispensada. A nomeação dela não chegou a ser publicada no Diário Oficial da União (DOU).

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